Alunos do projeto 'Luta Cidadã' participam da Copa Nintai de Judô
Por Redação Galáticos Online
Publicado em 11/09/2017, às 13h46
De acordo com o comandante da BCS São Caetano, tenente Gabriel Lessa, a Copa Nintai é um evento de integração, não soma ponto para nenhum campeonato e não tem caráter classificatório. Outras ações fazem parte do trabalho comunitário da Base. "Na parte de esporte nós temos, além do judô, karatê, boxe, jiu-jitsu e capoeira. Temos também um projeto de avaliação e acompanhamento nutricional, estamos agora com psicólogo atendendo duas vezes na semana a crianças de escolas públicas, temos o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), que é um programa que fala sobre drogas das escolas, e a Caravana Cidadã, onde estudantes ajudam nossa tenente na área escolar", conta o comandante.
"Estamos aqui fazendo essa Copa para o lazer deles e para eles sentirem também como é uma competição e, quem sabe, até lá, não estarem participando de uma olimpíada", conta o treinador da BCS, sargento Rosenil Silva. Em meio a atletas de diversas categorias, pesos e faixas, Maria Luisa, 5 anos, que treina há 1 ano no Projeto Luta Cidadã em São Caetano, competiu pela primeira vez. Com muita garra e concentração, venceu as duas lutas que disputou por wazari e ficou em primeiro lugar na categoria +5 anos, feminino. "Impressionante", disse a garota sobre seu desempenho na luta. "Ela foi excepcional, lutou com garra, foi muito corajosa mesmo, está de parabéns", disse a mãe da judoca, Luana Silva.
As artes marciais podem ser ferramentas eficazes na construção da cidadania. "O judô é conhecido no mundo inteiro por resultados de tatame de medalhas olímpicas, mas o trabalho essencial é formar cidadãos. É uma modalidade que tem um diferencial enorme por causa dos valores que ele embute nas crianças, de formação, disciplina, respeito. Jigoro Kano, o criador do judô, quando pensou nesse esporte, focou na área educacional, e hoje a gente percebe que crianças e adolescentes que praticam judô têm menor chance de entrar para o mundo das drogas e na violência", avalia o presidente da Federação Baiana de Judô, Marcelo Ornelas.