Esporte vira opção para melhorar qualidade de vida para pessoas com deficiência
Por Redação Galáticos Online
Publicado em 21/09/2017, às 16h52Adja Sestelo, professora de natação e hidroginástica, explica que a natação é uma das atividades mais utilizadas para crianças com TEA pelo fato da água possuir efeitos terapêuticos. “A redução da gravidade é um dos fatores primordiais para essa escolha. Estudos comprovam que os movimentos em meio líquido podem estimular o desenvolvimento e a conquista da autonomia. Além disso, melhora o controle respiratório, a aptidão cardiorrespiratória e a condição física”, apontou, destacando também que atividades terrestres como Ginastica Artística são muito indicadas.
A mãe de Jairo tem comprovado isso na prática. De acordo com Patrícia, após o início das aulas de natação, ela tem observado uma diferença significativa no comportamento do filho. “Ele tem respondido melhor aos comandos, está mais atento e tranquilo”, comemora. Jairo frequenta o Grupo 2 da Educação Infantil no momento e também adora atividades como peças de teatro. “O objetivo é fazer com que esses indivíduos possam conquistar uma maior autonomia e se sintam mais ativos, em busca de uma melhor qualidade de vida”, destaca Adja.
A professora explica que o Transtorno do Espectro Autista pode variar de níveis leves até mais profundos, por isso as recomendações de atividades devem ser feitas de uma forma bem delicada, sempre levando em consideração o que será melhor para a criança. Nas aulas de natação ministradas por Adja, ela tem o cuidado de incluir as crianças com TEA de forma que elas se sintam confortáveis, felizes e querendo mais.
“Sei que elas têm um modo particular de interagir com todos e isso é respeitado e aceito por toda a equipe. Todos são apaixonados pela aula de natação. E cada um responde de maneira diferente, mas sempre com retornos positivos”.
Variedade
Atletismo, basquete em cadeira de rodas, judô, vôlei sentado, tênis de mesa... essas são apenas alguns das modalidades esportivas existentes nas Paraolimpíadas e Adja aproveita para destacar que a competição comprova que não existem regras e nem limites e sim uma pitada de incentivo e muita força de vontade. “Dependendo da lesão da pessoa, existem várias atividades esportivas adaptadas. Vai variar de pessoa pra pessoa, tanto do tipo de lesão, quanto da preferência do esporte”, informa.
Para Adja, muitas vezes as pessoas com deficiência deixam de praticar exercícios físicos por falta de equipamentos adaptados, infraestrutura, profissionais qualificados ou até por falta de informações e incentivos.
“A prática das atividades físicas adaptadas tem uma suma importância tanto para saúde física quanto a mental, ela se torna uma ferramenta essencial para que pessoas com qualquer tipo de deficiência tenham mais autonomia e se sintam mais ativas, além de também controlar o estresse e reduzir tendências depressivas”, finaliza.