Sem clube desde que deixou o Vitória, atacante critica ex-companheiros do Barradão
Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)
Publicado em 21/03/2017, às 17h17Decepção no Vitória em 2016, quando acabou sendo dispensado antes do término na temporada, o atacante Dagoberto criticou alguns companheiros do tempo em que defendeu o Leão. De acordo com o veterano, a equipe chegou a conseguir o fim da concentração antes das partidas, mas por falta de profissionalismo de alguns a medida acabou sendo retomada pelo então técnico Vágner Mancini.
“Nós, os mais velhos do time, conversamos com o (treinador) Vagner Mancini para tirar a concentração. Depois de dois empates, alguns jogadores pediram a concentração de volta. No futebol não existe mais profissionalismo. Começando pelos jogadores. Vê que a maioria é amadora nisso. Acham que uma concentração vai resolver. Essas coisas foram me dando certeza de fazer outras coisas na vida. Quando eu concentrava, chegava no jogo de cabeça inchada. Chega na sexta, passa o sábado e só joga domingo às 18h30... Fica tenso, nervoso. Eu me alimento muito melhor quando estou em casa. Estou com família, filhos. É outra vida. Fica mais leve. Para não criar caso, eu parei”, declarou Dagoberto em entrevista ao GE.
De acordo com Dagoberto, a parada na carreira de jogador é opcional, com o atleta se dizendo decepcionado com o futebol brasileiro e citando o acidente trágico da Chapecoense para justificar a decisão de não atuar.
“Tive muitas propostas. Dirigentes vieram até Curitiba para conversar. Eu fui muito sincero. Não quero jogar aqui. Quero viver minha vida. Estou em um momento muito abençoado. Apontamos muito o dedo para os outros em algumas situações, mas não olhamos como temos tratado o próximo, cuidado dos nossos filhos. Quero ser presente. O que aconteceu com a Chapecoense foi muito forte. Todo mundo falou que teria atitude diferente depois. Estamos precisando de moralidade. Olhamos os políticos metendo a mão em tudo que é lado, e o que temos feito? Somos diferentes? Estava necessitando disso para ser um humano diferente”, explicou.