Cheguei à conclusão: o Bahia não vai cair! Matemáticas, estatísticas, histórico de confrontos, apoio da torcida, ajuda da arbitragem... nada disso! Alheio à incompetência administrativa da Diretoria (vide textos anteriores) e à falta de qualidade o elenco, o Bahia conta esse ano com um trunfo que (sem ele certamente estaríamos numa situação muito pior) está fazendo a diferença: os Deuses. E eles são tricolores!

A sucessiva troca de técnicos faz com que, inevitavelmente, o novo comandante desconheça o elenco. Aconteceu com Comelli, passando pro Sérgio Guedes, e não está sendo diferente com Bonamigo. Só que esse último conta com um auxiliar que está interferindo e ajudando o tricolor de aço!

Primeiro, “o cara lá de cima” arruma uma contusão no tal do Vinícius, aquele mesmo com cara de choro, afasta Evaldo dos treinamentos da semana, e arruma a zaga do Bahia com Nem e Menezes. Depois, abençoa o juiz da partida contra o Figueirense que, equivocadamente, confere ao fraco Bruno Silva 2 cartões amarelos e, conseqüentemente, o vermelho, tirando-o das partidas seguintes.

Não satisfeito, e talvez percebendo que os gols adversários nasciam principalmente do setor defensivo esquerdo da equipe, arruma uma contusão no aposentado Rubens Cardoso e resolve mais um problema do time. Contrariando a medicina e a competência dos médicos do Bahia, agrava a sua contusão, que já estava curada, às vésperas do jogo contra o Fortaleza.

Contra o Juventude, o “anjo tricolor” tira, de última hora, o atacante Nadson e “obriga” Bonamigo a utilizar o esquema 4-5-1, fazendo com que nos livrássemos de mais uma goleada fora de casa e, inexplicavelmente, quebrarmos o tabu de nunca termos ganhado lá dentro.

Só que tudo tem limite. As dicas já foram dadas, os resultados começaram a melhorar, mas a incompetência sobrepôs à tudo e à todos. Contra o Fortaleza não foi diferente. O tal do Bonamigo insistiu em escalar o RIDÍCULO Vinícius, esquecendo que Marcone (pode acreditar) não complica quando joga de zagueiro. Voltou a insistir com o, ainda fora de forma, Léo Medeiros, contrariando o bom senso e a boa qualidade no passe que Juliano dá quando entra no meio-de-campo.

Não irei, porém, crucificar Nadson pela sua fraca atuação contra o Fortaleza. A torcida do Bahia não consegue aceitar uma má atuação de um dos principais e um dos únicos jogadores que honram a camisa tricolor. Não sei o que o “cara lá de cima” irá aprontar para o jogo contra o Vila Nova, temo que ele tenha até desistido, uma vez que a lista de concentrados da partida inclui Vinícius, Hernani e Bruno Silva. É esperar pra ver...

Leonardo Barbosa, 27 anos, advogado.

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