A superação é a faísca da vitória
O último Ba-Vi que decidiu o Campeonato Baiano de 2009, foi marcado pela superação e espírito coletivo do Vitória. Enganam-se todos aqueles que afirmam existir favoritismo no futebol, ledo engano, pois é o único esporte onde o mais bisonho é capaz de vencer a mais favorita de todas as equipes, ressalvando-se, que a intenção não é a de rotular a equipe do Bahia como bisonha, até porque homens de espírito elevado devem respeitar adversários, antagonistas e até os inimigos, devendo prevalecer a máxima: combater o bom combate!
O gramado encharcado daquele domingo chuvoso guardava nos seus segredos os caminhos da bola, das atitudes e, acima de tudo, a perspectiva de uma partida na qual muitos tentaram incutir a ideação de que o Vitória já estaria com a mão na taça.
Nesta linha de raciocínio, o Vitória atual, aquele que efetivamente não desiste nunca, teve na superação a faísca de ativação para reverter um resultado adverso que àquela altura muitos acreditavam que o título já estava perdido.
O tempo que deixa e tira marcas lecionou mais uma vez, o Vitória de hoje não é aquele de ontem, que já havia perdido o jogo na sexta-feira às 18 horas, não mais existem gols “espíritas”, adredemente preparados pelos “zebrões” de plantão, a cantilena de perdedor foi extirpada pela superação de várias gerações que jamais se renderam ou acreditaram na perspectiva de que o Vitória era um clube perdedor.
Em verdade, criaram este mito assim como os animais demarcam os seus territórios, porque enquanto o Vitória era dirigido por homens de fé, o Bahia vislumbrava o futebol dentro do espírito do “best-seller” baiano: “FUTEBOL, PAIXÃO E CATIMBA”, otimizando os ardis, emprestando-lhes status de excelência, como se o futebol fosse apenas coadjuvante das “traquinagens” que eram mais evidenciadas que a própria prática do futebol.
Para finalizar, com a autoridade dos meus 55 anos, ninguém jamais enfrentará o Vitória domingo, sabendo do resultado na sexta-feira, muito menos as atitudes pérfidas conseguirão arrancar do âmago da consciência dos atletas, comissão técnica e torcedores rubro-negros que a superação atiça o triunfo e consolida definitivamente o Esporte Clube Vitória como contendor que só se dá por vencido quando o jogo definitivamente se esvai no trilar do apito do árbitro, ecoando no espaço como sinal de que ali residem homens de fé.
Vitória: CASA DE PAI, ESCOLA DE FILHO!