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Mancini é o menos culpado

por Tarso Duarte (@tarsoduarte) em 25 de Julho de 2016 15:12

Time que mais demorou a contratar nesta Série A do Campeonato brasileiro, o Vitória enfim está sofrendo os golpes – que eram inevitáveis – dentro da competição mais difícil do futebol brasileiro.

Triunfos – merecidos – contra clubes candidatos ao título nesta reta inicial da Série A serviram para conquistar pontos importantes , mas infelizmente foram a máscara que a atual direção precisava para prometer até papel de protagonista na Copa do Brasil. Fato importante: o Sport foi ao Mineirão e conseguiu os 2 a 1 que o Vitória precisava para levar a decisão para os pênaltis, quando foi eliminado.

O time só tem um lateral.

Diego Renan é o único que consegue, mas nem sempre, jogar ao nível de uma primeira divisão. Tem sido assim desde o início de 2016: um time que alterna bons e maus momentos com as laterais ‘capengas’.

Mancini, cansado de ver só um lado jogar, cansado de assistir Maicon Silva e improvisar José Welison, chutou o balde e trouxe Diego Renan para a direita.

E lá se foi a força ofensiva do time pelo lado esquerdo.

Mudança de esquema para três zagueiros, rodízio de volantes, de meias e atacantes passam pela necessidade de se contratar um lateral direito que dê confiança ao treinador.

O comandante do time tem uma série de culpas, fáceis de apontar: o esquema sacrifica Kieza; a queda de rendimento de Amaral se deu por que Mancini deu mais liberdade ao atleta; e o sistema defensivo do Vitória ainda não está definido, a desorganização é nítida.

Por outro lado, o Mancini sempre foi um treinador que foca o jogo no ataque. Atualmente o foco é até mais a posse de bola do que o ataque, mas sem qualidade ou com qualidade limitada, fica difícil atacar.

Após a derrota para o Santos, por exemplo, o sentimento geral era de que o melhor é jogar com três zagueiros. A defesa está exposta demais e o time não consegue agredir.

Como em 2014, a vaidade daqueles que comandam os rumos do clube está afundando o barco. Os pedidos por um lateral direito de verdade vem de todos os setores da imprensa e da torcida há muito, muito tempo.

O ideal seria contratar dois laterais: um esquerdo e um direito, mas o clamor pede apenas um, para se ter uma chance de melhora sensível. Nem isso parece ser ventilado pelos poderosos do Leão.

De pouco vão adiantar os investimentos no setor ofensivo, que tem Dagoberto, Cárdenas, Kieza, Marinho, Ramallo e Serginho, se o time vai até o final de 2016 com o que está aí nas laterais...

O detalhe, simples, de reconhecer a necessidade de contratar com propriedade para uma posição, vai colocar o futuro do Vitória à deriva. Já está colocando. São dois pontos de diferença para a zona de rebaixamento.

Em tempo

Acredito que o caso de Dagoberto merece uma atenção especial no Vitória.

O jogador não está rendendo o esperado de um pentacampeão brasileiro. Isto é claro. Mas quantos medalhões na situação dele já teriam ‘acusado’ uma lesão? Quantos já passaram pelo futebol baiano e fizeram isso? Para ele, que veio de um longo período lesionado, seria fácil.

Dagol não marcou – teve um gol anulado (de forma equivocada) no Barradão – mas está longe de ser um atleta que se esconde do jogo, que foge da responsabilidade.

Hoje, precisa sim ir para o banco de reservas. Oras, até Vander está produzindo mais, então a estrela vai ter que esperar sua chance.

Mas daí a vaiar o jogador existe uma grande diferença, e por isso parabenizo os rubro-negros que abafaram as vaias de parte da torcida, com aplausos, quando Dagoberto foi substituído.

O momento não é de romper com o time. Desleixo e displicência, pelo menos ainda, não são defeitos que podem ser atribuídos ao grupo comandado por Mancini.

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