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Opinião - Há males que vêm para o bem

por Rafael Machaddo (@RafaelMachaddo6) em 27 de Novembro de 2017 13:31

Logicamente nenhum torcedor do Bahia ficou feliz com a derrota para a Chapecoense que tornou ainda mais distante a possibilidade do Esquadrão disputar a Libertadores de 2018. Porém, o resultado adverso diante dos catarinenses, como tudo na vida, deve servir de lição, e esse artigo tem o objetivo de tentar enxergar o copo meio cheio.

A queda de produção do Tricolor nas duas últimas partidas serviu como um choque de realidade para o torcedor que viu o seu time fazer uma campanha digna de Libertadores nos nove primeiros jogos com Carpegiani. Mas não se pode esquecer, que mesmo nesse período de grandes resultados, o Bahia foi um time que oscilava em alguns momentos, como nos jogos contra o Vitória, o Corinthians e o Santos.

Logicamente que Carpegiani foi um dos maiores responsáveis por pegar o Bahia a apenas um ponto da zona de rebaixamento e livrar o time com muita tranquilidade dessa possibilidade, e isso não pode ser esquecido. O Bahia alcançou a maior pontuação de sua história no Campeonato Brasileiro por pontos corridos e isso merece reconhecimento.

Contudo, a possibilidade do Tricolor disputar uma Libertadores após quase 30 anos poderia mascarar muitas situações, como alguns erros de escolhas do próprio Carpê, vide a insistência num 4-1-4-1 com Vinícius, que já havia dado errado contra Ponte e Sport; mas principalmente no que se refere ao planejamento de elenco. Alguns jogadores que foram úteis nessa temporada de 2017, já demonstraram que em alguns momentos foram superestimados, por conta da campanha do time. Será que eles serão úteis em 2018?

Além disso, apesar de uma política de contratações bem definida, onde o clube buscou atletas jovens e com potencial para crescimento, algumas situações ainda deixaram a desejar nesse quesito. O principal exemplo foram as laterais, onde na esquerda, dois foram trazidos para se descobrir que a solução estava em casa, e na direita, onde o criticado Eduardo fez um desabafo muito explicativo, após a partida contra a Chape, onde foi muito vaiado.

"Crítica é sempre bom. Cada um encara de uma forma. Não ligo muito. Só fico triste por ser desrespeito pelo que já fiz. Joguei três campeonatos seguidos sozinho, praticamente. Eles deviam levar em consideração o esforço que fiz. São 35 jogos praticamente, muito esforço, abdicação, entrega. Mas é isso. Faz parte do futebol brasileiro, infelizmente”, declarou o lateral.

Sem entrar no mérito se Eduardo tem ou não razão em estar chateado com as vaias, mas o fato é que o Bahia contratou três laterais para a direita e apenas ele atuou regularmente. Isso, de certa forma, potencializou a insatisfação com suas más atuações, já que praticamente os treinadores não tiveram outras opções para a posição, a não ser o improvisado Eder.

Sintetizando, o texto não tem o objetivo de dizer que está tudo errado no Bahia. Longe disso. O time hoje tem uma espinha dorsal, com bons jogadores, que inclusive foram adquiridos pelo clube. Porém, essa reta final de Série A deve servir de lição para que o Bahia de 2018 não volte a cometer os mesmos erros de 2017, e que o torcedor Tricolor possa enfim ver um time do tamanho que ele merece, já que definitivamente, o atual elenco do Esquadrão está longe de ser uma seleção.

Foto: Marcelo Malaquias / EC Bahia


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