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A arbitragem nossa de cada dia

por Rafael Barata em 28 de Março de 2011 10:18

Ultimamente, o futebol baiano vem enfrentando sérios problemas quando o assunto é "arbitragem". No entanto, tal fato não é privilégio do futebol da boa terra, mas algo que tem evoluído ano após ano seja nos campeonatos nacionais, seja nos internacionais.

Recentemente o Liverpoll venceu o Sunderland no campeonato inglês após ter convertido penalti mal marcado cometido visivelmente fora da grande área. Não esqueçamos também da "ajeitadinha" de mão do artilheiro Henry que classificou a França nas eliminatórias européias.

O caso mais classico foi a "mão santa" do hermano Maradona...E por aí vai... Os erros de arbitragem já nasceram com o Futebol?

Ora, no Brasil essa estória de "erros de arbitragem" chegou ao seu ápice na ocasião em que se cogitou o pedido de anulação da partida envolvendo Palmeiras x Sport junto ao STJD em 2009. À época, o goleiro Rogério Ceni assim definiu: "se formos anular todos os jogos com erro de arbitragem não vai ter mais campeonato".

Portanto, não é privilégio do futebol nacional conviver com erros de arbitragem, muito menos do futebol baiano. 

No entanto, o erro vem se banalizando, e por esse motivo, tem dado margem para o tal do "roubo". Não se fala: "Fulano errou na partida entre São José e Santa Maria... Fala-se, Fulano ROUBOU o Santa Maria." Ora, desde que não passe de mera expressão popular, o termo "roubo" pode assumir proporções imensuráveis.

Os brasileiros se recordam da investigação que envolveu Polícia Federal e Ministério Público em São Paulo que culminou com a acusação contra o árbitro Edilson Pereira de Carvalho e desmantelou um esquema montado por empresários paulistas em 2005. Foi a famosa "máfia do apito".

No mesmo ano o árbitro alemão Robert Hoyzer assumiu a autoria sobre a manipulação de jogos na Europa por ter sido aliciado por grupos de apostadores, o que levou ao seu banimento do futebol.

Ora, as diferenças são evidentes: o erro e o roubo. Qual o limite que os separa? Investigação? Entendimento popular? Paixão?

A verdade é que tem se tentado alcançar a perfeição na arbitragem do futebol, mas mesmo após as mais variadas tentativas, a "fórmula mágica" ainda não foi descoberta. Na verdade, sejamos sinceros. Os erros sempre existiram. Talvez, na mesma proporção. Hoje, porém, altíssimas tecnologias os revelam com mais facilidade... Somos falíveis...?

Enfim, enquanto o erro não passar de um "erro", não se pode tolerar "côros" de que tem havido favorecimento de A, B ou C até que se prove o contrário. É o limite entre o “erro” e o “roubo”. Ultrapassado este limite, o julgamento popular feito nas quatro linhas do campo cede espaço ao julgamento nas quatro linhas do Tribunal.

Portanto, deixemos a paixão de lado e, pelo menos, se tivermos que torcer, que seja pelos "erros" aos invés de "roubos". Talvez assim possamos refletir que melhores treinamentos, capacitações e investimentos na arbitragem são medidas que podem evitar que "Veredictos" superem os famosos apitos dos árbitros de Futebol.
 
Rafael Barata é Advogado e Empregado da Caixa Econômica Federal, além de torcedor do Bahia

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