“Tive muitas dificuldades e pensei em até parar de jogar futebol, mas pensei muito em ajudar a minha mãe”
Por Redação
Publicado em 03/11/2009, às 09h00
Galaticosonline: Como é chegar aos trinta anos de idade sendo um dos ídolos de um Clube grande como o Vitória?
Vanderson: É uma sensação que eu sempre procurei e vou esperar fazer quarenta, cinqüenta e muito mais, sendo uma pessoa simples e tranqüila. Sou muito feliz profissionalmente e por onde eu passei, graças a Deus, sempre fui querido, tanto no Paysandu quanto no Juventude e aqui também no Vitória, tenho muitos amigos no futebol e espero poder ficar por muito mais tempo aqui.
Galaticosonline: Como foi a infância do Vanderson e como você chegou ao futebol?
Vanderson: Como a maioria dos jogadores de futebol, a minha infância foi sofrida porque quando passei pelo Castanhal tive muitas dificuldades e pensei em até parar de jogar futebol, mas pensei muito em ajudar a minha mãe. Desde que tenho dez anos de idade a minha mãe é separada do meu Pai e, naquele momento, tivemos muitas dificuldades. Sempre pensei em ajudar a minha mãe e realizar o sonho dela de ter uma casa própria ela sempre morou de aluguel e já realizei este sonho Graças a Deus. Deste momento até agora eu não abandonei a minha família e nunca irei abandoná-los, pois sempre recebi apoio deles e estou sempre com eles. Mesmo com alguns familiares que eu não conhecia me procurando (risos), mas consigo levar na boa.
“inclusive vendi picolé e pastel na porta de escolas, é como eu falei; já sofri muito também. Eu andava dois a três quilômetros para treinar no modesto Castanhal no sol quente de uma hora da tarde”
Galaticosonline: O Apodi já foi cortador de Pedras e você já trabalhou duro na adolescência?
Vanderson: Eu já fiz muitas coisas também, inclusive vendi picolé e pastel na porta de escolas, é como eu falei: já sofri muito também. Eu andava dois a três quilômetros para treinar no modesto Castanhal no sol quente de uma hora da tarde e quem chegava primeiro pegava o material limpo e os que chegavam por último, pegava o material sujo e, as vezes, molhado, mas teve uma recompensa e graças a Deus hoje eu estou bem, tenho o meu carro o meu apartamento e tudo que tenho devo ao meu esforço e ao futebol.
“cheguei a ganhar R$50,00 de salário e tirei proveito de tudo. Não reclamo”
Galaticosonline: Você jogou aonde antes de chegar ao Vitória?
Vanderson: Quando cheguei aqui o clube vivia um momento muito ruim, no fundo do poço, na série C. Comecei no Castanhal em 1996 como Juvenil e depois passei pelo Junior e fui direto para o profissional. Cheguei a ganhar R$50,00 de salário e tirei proveito de tudo, não reclamo. Passei no Paysandu no melhor momento da equipe na sua História, quando ganhamos a Copa dos Campeões e chegamos a jogar uma Taça Libertadores das Américas, fui também campeão brasileiro da série B pelo Paissandu. Tive no Atlético Paranaense em 2004, depois Juventude e finalmente cheguei ao Vitória em 2006.
“Desde 2006 que não passo o aniversario de meus filhos com eles, mas cumpro as minhas obrigações de pagar o plano de saúde e o colégio dos meus filhos e de tudo mesmo, tudo que faço e ganho hoje, penso em meus filhos, é tudo para eles mesmos”
Galaticosonline: Como é viver longe dos seus dois filhos?
Vanderson: Eu já me acostumei a ficar longe deles, desde 2000 que eu estou longe de casa e a minha família sente muito a minha falta, principalmente os meus filhos. Meu filho tem 11 anos e a menina tem 07 anos e eles já entendem um pouco, a filha pega no meu pé que sente muitas saudades e é complicado saber disso, às vezes fico um pouco triste com a distância. Desde 2006 que não passo o aniversario de meus filhos com eles, mas cumpro as minhas obrigações de pagar o plano de saúde e o colégio dos meus filhos e de tudo mesmo, tudo que faço e ganho hoje penso em meus filhos, é tudo para eles mesmo.
“Jorginho já me colocou duas vezes na parede para renovar o contrato e eu falei para ele ficar tranqüilo, quero permanecer no Clube”
Galaticos online: Sua vontade é continuar no Vitória no próximo ano?
Vanderson: O Jorginho já me colocou duas vezes na parede para renovar o contrato e eu falei para ele ficar tranqüilo, pois quero permanecer no clube. Aqui me sinto bem e tenho muitos amigos e aprendi a gostar de todos. Não saio daqui por causa de 1 mil ou 2 mil a mais não, porque aqui eu estou em casa e amo demais a torcida e as cores do clube.
“minha relação com o Tuca é transparente sinto ele como um Pai”
Galaticosonline: Fale sobre a amizade que você tem com o massagista “Tuca” que é deficiente visual.
Vanderson: A minha relação com o Tuca é transparente, sinto ele como um Pai, um verdadeiro amigo e é muito difícil você ter um amigo no meio do Futebol, porque a gente fica rodando pra lá e pra cá e fica difícil achar um bom amigo como o Tuca. A relação é de Pai e filho, ele é um ser humano maravilhoso.
Galaticosonline: Em sua opinião, quem será o Campeão Brasileiro deste ano?
Vanderson: Agora que o São Paulo chegou vai ser difícil tirar este título do tricolor, no ano passado o Grêmio tinha 11 pontos de vantagem e eles tiraram a vantagem e ganharam o título, mas o Palmeiras também tem muitas chances, vai ficar entre os dois.
Reportagem: Nilson Luiz
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