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Carlos Arini, novo Superintendente de Futebol do Vitória

Carlos Arini, novo Superintendente de Futebol do Vitória

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O novo Superintendente de Futebol do Vitória, Carlos Arini, conversou com exclusividade com a Equipe dos Galáticos. Confira o bate-papo com os melhores cronistas do rádio da Bahia. 
 
- Faça uma analise do time do Vitória que você viu no sábado até o dia de hoje.
 
Eu prefiro analisar justamente como foi o semestre do Vitória, pois você analisar um jogo é muito difícil. Mas eu vejo uma equipe que vem de um tetra-campeonato baiano, que está a cinco pontos do G-4 e está disputando uma final da Copa do Brasil. Em cima disso tudo vejo o Vitória vivendo um momento bom, histórico, onde é preciso ter uma concentração total nessa Copa do Brasil e é um título que a torcida rubro-negra está esperando.
 
- O que captou nas conversas com Alexi Portela com relação as diretrizes do trabalho que ele usa no clube e se o planejamento se encaixa com seu perfil de trabalho?
 
Conheço o Alex há uns dois anos e sei como ele conduz o clube, que é uma gestão empresarial. Eu trabalhei em outros clubes com essa mesma linha de gestão empresarial, mas futebol é resultado. Então você tem que buscar o equilíbrio. O Alex é um presidente que tem um pulso forte e eu tive conversando com ele, pintou a oportunidade de trabalhar no Vitória e não tive dúvidas de aceitar. É um orgulho trabalhar aqui, a frente do Vitória.
 
- Porque você não acertou com o Vitória quando foi contactado há mais de um mês atrás?
 
Quando você chega em um clube ou em qualquer ambiente de trabalho, você tem que entrar e sair pela porta da frente, então deixei bem claro para o Alex que eu tinha um compromisso com o Santo André e que eu não ia deixar nesse momento de transição, com o vice-campeonato paulista, o Santo André em um situação complicada, mas que continuasse o trabalho normalmente que depois a gente voltaria a conversar. Apareceu a oportunidade e agora estou aqui em Salvador esperando fazer um grande trabalho.
 
- Foi difícil montar a equipe do Santo André, para ela jogar um futebol que a levou a ser vice-campeã paulista? Qual o grande segredo?
 
O Santo André é uma equipe que tem uma estrutura ainda muito precária dentro do futebol, então acho que o grande segredo no futebol está na força do trabalho da equipe e foi isso que aconteceu no Santo André e que aconteceu em todos os clubes de minha carreira. Quando você fala em grupo, pensa logo em jogador e não é. Grupo é diretoria, são os jogadores, a comissão técnica, é a torcida, é trazer a imprensa para o seu lado e você conseguir ter um ambiente de trabalho muito bom e isso tudo ocorreu no Santo André.
 
- Qual era a folha salarial do Santo André?
 
Aquela folha estava em média de R$ 500 mil.
  
- Comente um pouco sobre os clubes que você trabalhou.
 
Tive o Figueirense, onde fiquei por quatro anos e lá tive grandes resultados. No primeiro ano que a gente chegou o time estava na série B e logo no primeiro trabalho levamos o time para a série A. Tive duas passagens no Guaratinguetá. Quando cheguei não existia o clube, era a antiga Esportiva e ai pegamos na B-2, que é a quinta divisão do campeonato paulista e levamos para a primeira divisão do paulistão e no ano passado levamos da série C para a série B do brasileiro.
 
- Sua experiência no futebol e o fato de ter enfrentado o Santos em uma decisão podem ser importantes para ajudar o Vitória na final da Copa do Brasil?
 
Temos que atuar em cima de um espírito de equipe e tudo que puder passar para a comissão técnica, para o Ricardo, os atletas, tudo será passado, porque a gente viveu isso ai em São Paulo e posso te dizer que a qualidade que tem o grupo do Vitória e que chegou a final da Copa do Brasil sem tomar nenhum gol no Barradão, não tenho duvida nenhuma que dá para a gente chegar e buscar esse título.
 
- O que é ser Superintendente de futebol? O que faz um Superintendente de um clube?
 
Primeiro a nomenclatura de Superintendente, diretor executivo, gerente, isso é uma coisa é que é uma mescla no futebol. Superintendente é você estar a frente do departamento do futebol, fazendo a ligação da comissão técnica, jogadores, junto à diretoria e estar totalmente voltado para o futebol, desde as categorias de base, profissional, contratação. Você tem que estar sempre no campo, próximo da comissão técnica, dos atletas, para assim poder diagnosticar os problemas e estar a par de tudo, além de estar atendo ao mercado.
 
- Você chega agora no Vitória. Você vai mandar ou vai ouvir?
 
Vou mandar e vou ouvir. Eu acho que você chega em um momento onde precisa escutar e em outros momentos que é preciso seguir a hierarquia. Sempre sou uma pessoa do dialogo. Gosto de ouvir e gosto de falar, de emitir minha opinião, mas para isso preciso acompanhar o time, mas não adianta estar sentado com o bumbum na cadeira no ar condicionado. Tem que estar na academia, no campo, no departamento médico, na rouparia em todos os locais que façam parte da equipe para poder ai sim você ter argumentos.
 
- Existe algum nome que você esteja estudando para contratar para o Vitória?
 
Não vou me omitir da gente conversar sobre nenhum assunto, mas acho que o momento do Vitória hoje não é de falar de contratações. Estamos há alguns dias da final da copa do Brasil e nesse momento, com a experiência que tenho no futebol e do que a gente sabe o que é uma final de Copa do Brasil, a gente tem que estar pensando na realidade do Vitória hoje, que tem esse elenco, que levaram o Vitória a final da Copa do Brasil. Mas paralelamente a gente está trabalhando, pois não adianta estar dormindo.
 
- Quais foram os jogadores que o Vitória tentou no Santo André e não conseguiu?
 
O Branquinho, o Nunes, o Artur e o Cicinho. O Vitória não tentou Rodriguinho.
 
- Como você se sente hoje?
 
A gente está chegando e quando se chega tudo é lindo, mas futebol é resultado. Sou uma pessoa muito agradecida pela oportunidade que estou tendo de estar a frente do Vitória, de estar participando dessa equipe, mas responsabilidade é enorme e cheguei em um momento de decisão. Conheço o Alex há alguns anos e é nessa maneira, nessa postura, ele levou o Vitória da série C para a série A e tenho certeza que vamos permanecer por mais anos e tenho que agradecer ao presidente pela confiança e credibilidade.  

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