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Dirigentes de Jacobina e Doce Mel são contra retorno do Baiano neste momento; saiba mais

Autor(a): Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline) em 01 de Julho de 2020 12:00

Com os retornos de algumas competições de futebol no Brasil, mesmo neste momento de pandemia do novo coronavírus, que ainda não foi controlada totalmente pelas autoridades, alguns times do futebol baiano começa a se movimentar para a volta dos torneios nacionais, regionais ou até o próprio estadual, que pretende retornar ainda neste mês de julho.

Em contato com a redação do Galáticos Online, Rafael Damasceno, vice-presidente do Jacobina, e Eduardo Catalão, presidente do Doce Mel, demonstraram-se contra o possível retorno do Campeonato Baiano, devido ao atual momento de pandemia.

Questionado sobre o planejamento do Jacobina, caso a competição retorne, o vice do Jacobina declarou que todas as atividades do clube estão paradas e fala sobre "situação complicada" para emitir uma opinião em relação a ser a favor ou contra a volta do Campeonato Baiano.

"Jacobina encontra-se com todas as atividades paradas. Não temos nenhum jogador no elenco, até porque esse ano nós só tínhamos o Campeonato Baiano, então só fizemos contrato até o término da competição. Nós tínhamos o jogo mais importante do campeonato, que seria contra o Doce Mel, no final de março, o jogo da nossa vida em casa. Preparamos uma grande festa, mas terminou a competição. Estamos numa situação complicada, porque se falamos que somos contra o retorno do Baiano, as pessoas podem interpretar que o Jacobina quer tirar proveito do fim do campeonato. Se fala que é a favor do retorno, as pessoas podem falar que somos irresponsáveis e não estamos ligando para a vida", disse o vice-presidente do Jacobina, ao Galáticos Online.


(Rafael Damasceno, vice-presidente do Jacobina. Foto: Reprodução / JN Notícias)

Rafael Damasceno também revelou que não tem elenco, acha o retorno injusto, principalmente para Jacobina e Doce Mel, que lutam contra o rebaixamento e que o clube não tem condições financeiras para pagar as despesas.

"Caso retorne, nós não temos elenco. Acho até um pouco injusto com Jacobina e Doce Mel, que são dois clubes que brigam contra o rebaixamento. Como está o Doce Mel? Como vai vir jogar em Jacobina, uma cidade que tem mais de 500 casos confirmados? Como as autoridades vão enxergar isso? Como vamos cumprir o protocolo da CBF? É tudo muito difícil para se falar nesse momento. Não temos como pagar as despesas. Teríamos que ver alguma forma de como seriam esses custos. Acho que a Federação deve marcar um arbitral, alguma conversa com os clubes antes do retorno... Temos que discutir esse retorno. Está um pouco precipitado, mas uma hora ou outra alguma decisão precisa ser tomada. Vamos aguardar o posicionamento da reunião, para discutirmos a melhor forma. Prejuízo todos os clubes e a Federação já tomaram. Agora é vermos a melhor forma do retorno", garantiu.

O vice-presidente do Jacobina também declarou a opinião do clube em relação ao retorno do Campeonato Baiano neste momento.

"O Jacobina é contra o retorno, devido às condições do momento. Mas vamos aguardar e ver qual a melhor forma de tomar a decisão em conjunto. Tenho certeza que será tomada a melhor decisão para o futebol da Bahia", finalizou.

Do lado do Doce Mel não é diferente. Eduardo Catalão, presidente do clube que tem sede em Ipiaú, está muito preocupado com tudo o que vem acontecendo em relação à pandemia. Ele disse que caso o Campeonato Baiano retorne, o time vai participar, mas da forma que for possível, principalmente pela falta de recursos financeiros.

"Estamos vendo com muita preocupação, principalmente pelo momento de pandemia que ainda estamos passando na nossa região, que ainda é muito grave, muito alta. O número de mortos no Brasil é muito maior do que a quantidade de habitantes da nossa cidade. Tudo isso preocupa. Além disso, nós desfizemos todo o plantel, não ficamos com nenhum jogador. Tem a questão de transporte desse pessoal, tanto intermunicipal como estadual, que não estamos tendo. Não temos dinheiro também, mas se voltar, temos que participar, é claro. Mas vamos participar do jeito que der. Se possível com um time melhor. Se não, a gente faz o que o dinheiro der para cumprir com a obrigação", revelou o presidente do Doce Mel, ao Galáticos Online.


(Eduardo Catalão, presidente do Doce Mel. Foto: Glauber Guerra/Bahia Notícias)

Eduardo Catalão também se mostrou contra o retorno do Campeonato Baiano, por conta do momento atual e pela questão financeira, já que será apenas dois jogos para estas equipes.

"Não sou (a favor do retorno) pelo atual momento da pandemia. Pelo que as autoridades têm demonstrado, ainda não começamos a descendente. Isso me preocupa muito, principalmente por eu estar numa região onde o nível de infecção é alto e tem trazido muitas coisas ruins para nossa região. Além disso tem a questão financeiro, de num momento desse termos que fazer um gasto elevadíssimo para jogar duas partidas. Seriam praticamente vinte dias para fazer esse trabalho. São por esses motivos que não sou a favor da continuidade, pelo menos agora não", finalizou.

Caso retorne, o Campeonato Baiano ainda tem seis datas a serem cumpridas, num total de 16 partidas, já que restam duas rodadas da primeira fase, jogos de ida e volta da semifinal e final, também com duelos de ida e volta. Oficialmente não há uma previsão de retorno da competição, mas a Federação Bahiana de Futebol monitora a atual situação de pandemia junto às autoridades, para tentar retomar a competição ainda neste mês de julho, já que a partir de agosto acontecem os retornos das competições nacionais, que terão dois jogos por semana para cada agremiação, o que não possibilitaria datas para o estadual.


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