Ministério Público pede a prisão do técnico Carlo Ancelotti; saiba motivo

O técnico Carlo Ancelotti, que atualmente treina o Real Madrid, da Espanha, negou em tribunal que tenha cometido de maneira intencional fraudes fiscais. Ancelotti foi a julgamento por supostamente não declarar sua renda à Receita Federal espanhola.

Este é mais um dos casos que tem como alvo figuras esportivas no país. O julgamento teve início nesta quarta-feira (2) e terá sequência na quinta (3), quando será promulgada a sentença.

O técnico Carlo Ancelotti, que atualmente treina o Real Madrid, da Espanha, negou em tribunal que tenha cometido de maneira intencional fraudes fiscais. Ancelotti foi a julgamento por supostamente não declarar sua renda à Receita Federal espanhola.

Este é mais um dos casos que tem como alvo figuras esportivas no país. O julgamento teve início nesta quarta-feira (2) e terá sequência na quinta (3), quando será promulgada a sentença.

Os promotores do caso pedem a prisão do técnico, que pode vir a cumprir pena de quatro anos e nove meses, por suspeita de não declarar mais de um milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões) que foram obtidos devido aos direitos de imagem que recebeu entre 2014 e 2015, durante sua primeira passagem pelo Real Madrid.

A acusação afirma que Ancelotti havia relatado apenas o que recebeu do clube, omitindo a renda dos direitos de imagem em suas declarações do imposto de renda neste período.

Segundo a imprensa espanhola, que credita os cálculos ao Ministério Público, além da dívida tributária que é cobrada pelas autoridades, o técnico deve pagar uma sobretaxa de 243.593 euros (R$ 1,5 milhão) e mais 47.298 euros (R$ 292.448) de juros. Por fim, a exigência do Ministério Público é de que sejam pagas multas que totalizam 3.186.237 euros (R$ 19,6 milhões).

A promotoria alega que o técnico criou um sistema "confuso e complexo" de empresas de fachada como forma de esconder os ganhos extras com direitos de imagem do período, como também outras fontes de renda, como imóveis.

Ancelotti se defendeu, afirmando que o esquema de trabalho lhe foi oferecido pelo próprio Real Madrid e que "todos os jogadores o fazem", assim como também o ex-técnico do clube, José Mourinho.

"Quando o clube me sugeriu, coloquei o Real Madrid em contato com meu consultor. Não lidei com isso porque nunca fui pago dessa forma [...] Nunca percebi que algo não estava certo", conta.

O processo deve durar até a quinta-feira, mas em qualquer momento as partes podem chegar a um acordo extrajudicial. A prática já foi vista em casos semelhantes envolvendo jogadores e que resultaram em sentenças suspensas, sendo em sua maioria por meio de acordos.