MP quer que Bruno use tornozeleira eletrônica nos jogos e que clube pague por danos no equipamentos
No último sábado (1º), o goleiro Bruno foi apresentado como grande reforço do Rio Branco Futebol Clube, em mais uma tentativa de retornar aos gramados. Bruno obteve a progressão de pena e está em regime semiaberto desde julho de 2019 após ser condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado do filho que teve com a modelo.
Com contrato de seis meses no novo clube, que prevê a disputa da série D do Brasileirão, da Copa Verde e do Campeonato Acreano, o atleta já treina com o time. No entanto, sua estreia ainda é cercada de questionamentos e empecilhos. Um desses seria o pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC).
O órgão quer que Bruno passe a usar tornozeleira eletrônica, inclusive nos jogos. Além disso, o MP inclui uma recomendação para que, caso o equipamento seja danificado durante uma partida ou treino, o conserto seja pago pelo clube. Ele ainda deverá seguir outras regras, como se recolher após as 18h durante a semana e não sair aos domingos e feriados nacionais. Se os jogos forem no domingo ou à noite, ele precisa pedir autorização.
O promotor Tales Fonseca Tranin solicitou que, além do uso da tornozeleira eletrônica, o goleiro apresente a carta de emprego ao Instituto de Administração Penintenciária, exigência imposta a todos que cumprem pena nesse regime.
No Acre, detentos que fazem uso da tornozeleira eletrônica são proibidos de jogar bola para não danificar o aparelho. No caso de Bruno, porém, o MP-AC defende que o clube pague por possíveis danos ao equipamento. “Como ele veio para jogar futebol e este é o trabalho dele, pedi que o empregador arque com as consequências dos danos para não onerar o Estado”, disse Tranin.