Em reunião realizada neste sábado em Newport, no País de Gales, a International Football Association Board (IFAB), responsável pelas regras do futebol, decidiu estudar por mais um ano o uso de tecnologia na linha do gol. Entre 7 e 13 de fevereiro, a Fifa testou dez sistemas e não ficou satisfeita com nenhum.

 

No último dia 20 de outubro, a IFAB avisou que havia aceitado estudar o uso de um sistema tecnológico para determinar se a bola passou ou não a linha da baliza, após tantas reclamações por causa do gol não dado do inglês Frank Lampard contra a Alemanha na Copa do Mundo. A polêmica aumentou em seguida, com novos erros de arbitragem.

 

A próxima reunião anual da International Board será realizada em Londres entre os dias 2 e 4 de março de 2012. Após a temporada 2011/2012, a entidade deve ter um encontro especial para discutir novamente o uso de tecnologia e o teste com os cinco árbitros nos jogos.

 

A entidade chegou a outras decisões na reunião deste sábado. Sem tecnologia no gol, a IFAB permitiu o uso de auxiliares atrás dos gols nas partidas da Eurocopa de 2012 (como nos jogos do Campeonato Carioca, Liga dos Campeões e Liga Europa, por exemplo).

 

A IFAB proibiu ainda os jogadores de usarem uma proteção no pescoço, chamada de "snood" na Inglaterra. O acessório, popularizado por Carlos Tevez durante o inverno, pode causar risco à saúda dos atletas, segundo a entidade, pois poderia estrangular um jogador, por exemplo. A proibição passa a valer a partir do dia 1º de julho.

 

Os atletas seguem liberados para usarem roupas térmicas por baixo do uniforme, mas somente com as cores predominantes dos clubes. A Conmebol também recebeu o aval para usar o spray dos árbitros nas marcações de faltas, posicionando melhor a bola e as barreiras.

 

A International Board foi fundada por quatro associações britânicas em 1886 - antes mesmo da Fifa, de 1904 -, quando os responsáveis pelo futebol de Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales se juntaram em Manchester para definirem as regras do jogo. Em 1913, a Fifa passou a fazer parte do grupo. 

 

Nas reuniões, cada federação britânica tem um voto, enquanto a Fifa tem quatro, representando os outros 204 países filiados. Para qualquer mudança nas leis, é necessária a aprovação de 3/4 dos votos (seis dos oito).