A batalha campal protagonizada pela torcida do Coritiba, após empate com o Fluminense no último domingo, que culminou com o rebaixamento do clube paranaense à Série B, não demorou para render uma punição severa ao clube. Nesta segunda-feira, o procurador geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, confirmou a concessão de uma liminar interditando do estádio Couto Pereira até o julgamento do caso.

Perplexo com as cenas de guerra no Alto da Glória, Schimitt criticou o esquema de segurança planejado para a partida diante do Fluminense. "O jogo trazia um risco grande que pode ter sido subestimado pelo plano de segurança. O número de policiais foi baixo e não houve uma preocupação na contratação de um maior número de seguranças particulares, pois trata-se de evento privado", disse à Rádio CBN.

Perguntado sobre a durabilidade da provável punição ao Coritiba, Paulo Schimitt espera um castigo rigoroso. "Todos ficaram perplexos com o ocorrido e era uma partida de alto risco. Pode haver perda de mando além de dois meses, mas aí é pedido da Justiça comum", completou o membro do STJD.

O Coritiba deverá ser denunciado nos artigos 211 e 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). O primeiro pune o clube por não manter a infraestrutura necessária para a realização dos eventos esportivos. Em seguida, os paranaenses responderiam pela falta de providência para reprimir os acontecimentos.

O valor das multas poderão chegar a R$ 210 mil, além de diversos meses de ausência das partidas no Alto da Glória, somado os dois artigos. Entretanto, a punição do clube alviverde deverá ser cumprida apenas no Campeonato Brasileiro da Série B.