A rescisão de Adriano com a Roma, comunicada em nota oficial pelo clube nesta terça-feira, reacende a corrida dos clubes brasileiros pelo jogador. No entanto, a disputa pelo atacante, 29 anos, já é antiga e incluiu três gigantes do futebol brasileiro: Flamengo, Corinthians e Palmeiras.

Desde que encerrou a segunda passagem pelo Flamengo (em 2010), clube pelo qual começou a carreira, o centroavante está na mira do time da Gávea, que, porém, não admite de forma oficial o interesse no retorno do jogador.

"Tenho carinho pelas pessoas que demonstram carinho pelo Flamengo. Apesar disso, preciso ter habilidade, sensibilidade e clareza para me pronunciar. Oficialmente não há nada disso, nenhuma conversa", afirmou a presidente Patrícia Amorim.

Entretanto, a própria mandatária da equipe afirma publicamente que receberia o retorno de Adriano, mas sentenciando restrições. "Para ele voltar tem que ser uma repetição de 2009. O interesse tem de partir do Adriano", acrescentou.

Apesar da intenção de contratar Adriano mais uma vez, nenhuma sondagem oficial ou proposta foi feita pelo clube carioca ao jogador.

Corinthians avança e faz proposta

No dia 30 de novembro de 2010, surgiu o interesse do Corinthians, por meio de um ex-companheiro de Seleção. Agora aposentado, Ronaldo fez o convite, Adriano aceitou, a diretoria fez a proposta e Andrés Sanchez, presidente do clube paulista, assegurou a dificuldade no negócio.

"Se tiver de trazer o Adriano tirando-o da Roma, sem chances, mas trazer apenas o jogador, sem problema. Temos condições para isso", disse o presidente do Corinthians.

Ao dizer que não queria jogadores insatisfeitos no elenco, o então técnico da Roma, Claudio Ranieri, substituído recentemente por Vincenzo Montella, concordou com a liberação e o clube do Parque São Jorge chegou a ficar perto do anúncio da contratação.

No entanto, a presidente Rosella Sensi, dias depois do "anúncio", barrou. "Adriano é jogador do Roma e será no futuro. Para ele ir embora, é preciso da assinatura dele e também do clube. E isso não vai acontecer", exclamou.

Por outro lado, Gilmar Rinaldi, empresário do atacante, não descartou na época a volta de Adriano. Contudo, desde a negativa dos italianos, a negociação esfriou e voltou a ser especulada somente no início de março, quando rapidamente o diretor de futebol Roberto de Andrade apareceu para encerrar com o boato.

"Os problemas fora de campo são de conhecimento de todos e hoje estamos com uma situação financeira complicada. Investimos muito no Liedson, que está conseguindo o que se esperava dele. É difícil trazer um jogador para a mesma função com um preço talvez até maior", negou o dirigente corintiano.

Palmeiras corre por fora

Em meio à novela da contratação de Adriano pelo Corinthians, o Palmeiras entrou na disputa no início de dezembro. Um representante alviverde na Itália sondou o jogador. Valores de salário foram abordados e uma estratégia de como pagá-lo chegou a ser montada; contudo, a diretoria logo descartou a possibilidade.

"Tínhamos falado do Adriano, mas os valores são altos. Se arrumássemos um parceiro, poderia ser viável. É um salário alto e estamos com a folha comprometida", afirmou, o agora ex-vice-presidente de futebol, Wlademir Pescarmona.

O técnico Luiz Felipe Scolari, por outro lado, afirmou que daria "um jeito" na questão da indisciplina do jogador, viabilizando a contratação. Dessa forma, o Palmeiras ofereceu uma proposta de contrato, que acabou rejeitada por Adriano.

"Agora não vai dar. Pretendo cumprir meu contrato com a Roma. Deus sabe o que faz", sentenciara Adriano, agora com o caminho livre para retornar ao futebol brasileiro.