Desde que foi instituído o sistema de pontos corridos no Campeonato Brasileiro, em 2003, as receitas dos clubes cresceram 115% e saltaram de R$ 805 milhões para R$ 1,7 bilhão. A constatação é da empresa de auditoria e consultoria Crowe Horwath RCS. Entre as fontes de recursos, a que menos avançou foi a de direitos de TV, em média 7% ao ano. Enquanto isso, o maior aumento foi em bilheteria, com 23% ao ano. Os patrocínios avançaram 20%, os clubes sociais 18% e a venda de jogadores 15% a cada ano.

– Os clubes ficaram menos dependentes da TV. Se há seis anos ela representava a maior fonte de receita, hoje já se tornou a segunda, perdendo para a venda de direitos sobre atletas – comentou Amir Somoggi, diretor da divisão Esporte Total da Crowe Horwath RCS.

Conforme Smoggi, o sistema também ajudou no planejamento das equipes:

– Os recursos conseguidos com patrocínios também estão em ascensão. Com o sistema de disputa por pontos corridos, os clubes já sabem os jogos que terão até o fim do ano, o que respalda um planejamento mais definido e ações criativas dos departamentos de marketing – complementou.