Depois de Pepe, Deco e, mais recentemente, Liedson, Portugal pode ter em breve mais um reforço brasileiro. O atacante Hulk, destaque do Porto na temporada passada, declarou antes do treino desta quinta-feira que ainda sonha com a seleção brasileira, mas não descartou seguir o caminho dos agora ex-compatriotas.

"É difícil falar agora, pois quero jogar na seleção brasileira, mas nunca se sabe o dia de amanhã", despistou o jogador de 23 anos. Com isso, o assunto dominou a entrevista. Indagado sobre o desejo de servir seu país natal, Hulk não teve dúvidas. "Claro que sim. Mas depende do meu trabalho e da minha evolução. Se estiver bem aqui, estarei bem em nível internacional".

Outro jornalista português, por sua vez, trouxe à tona novamente a possibilidade de o atacante se tornar mais um a trocar a ex-colônia pela ex-metrópole. "É um cenário que não está acontecendo agora. Mas seria difícil dizer não à seleção de Portugal", ressaltou.

Hulk, na verdade Givanildo Vieira de Souza, é natural de Campina Grande, Paraíba. Começou a carreira no Vitória em 2004 e no ano seguinte, com só 19 anos, seguiu para o futebol japonês, onde defendeu Kawasaki Frontale, Consadole Sapporo e Verdy Tokyo, que o vendeu ao Porto no ano passado.

Em Portugal, não demorou para se firmar e virou titular absoluto dos Dragões, que se apressaram e renovaram o contrato do atleta no último mês de agosto até 2014, estipulando inclusive uma multa rescisória de € 100 milhões, a mais alta do país.

Além da valorização, Hulk também conseguiu elogios de Dunga na temporada passada. "Estamos observando ele. É um jogador forte, veloz e que finaliza muito bem", destacou o treinador, em entrevista à imprensa portuguesa em março deste ano.

Até agora, porém, o comandante canarinho não convocou o jogador, o que renova as esperanças dos portugueses, visto que as críticas às naturalizações de brasileiros devem virar raridade depois da rodada dupla das Eliminatórias européias.

No sábado, o estreante Liedson marcou o gol de empate dos portugueses contra a Dinamarca. Quatro dias depois, Deco cruzou e Pepe, de cabeça, garantiu o triunfo sobre a Hungria. Os dois resultados mantêm os comandados de Carlos Queiroz com chances de irem à Copa.