O aumento no preço dos ingressos proposto pelos clubes para o Campeonato Carioca de 2010 pode subir no telhado. O promotor Rodrigo Terra não está nem um pouco disposto a aceitá-lo. Para entrar em vigor, o aumento precisa ser aprovado pelo Ministério Público.

Nesta segunda-feira, Rodrigo Terra teve uma reunião com os quatro grandes clubes cariocas. Mas ao contrário do que pediu o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, na última sexta-feira durante o arbitral, os dirigentes de Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco enviaram representantes para o encontro.

Rubinho não gostou nada da atitude dos clubes e não quer que a conta pelo aumento caia no colo da Federação do Rio como aconteceu em 2008. E não está disposto a autorizar a alta sem que os grandes do Rio criem uma comissão para ir conversar com o Ministério Público.

O preço mínimo pelo regulamento é de R$ 20, mas para os clássicos no Maracanã seriam cobrados R$ 30 para cadeira comum (50% de aumento em relação ao ano passado), R$ 40 pelas cadeiras amarela e verde (33% de aumento), R$ 50 pela cadeira branca (40% de aumento) e R$ 150 pela cadeira especial (25% de aumento).

Nesta terça-feira, Rubens Lopes tem um encontro marcado com os grandes clubes do Rio para resolver as exigências da Suderj para os jogos no Maracanã. A secretária Estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro Márcia Lins anunciou a criação de uma Comissão de Auditoria e Fiscalização do Acesso (CAFA) para os dias de jogos no Maracanã e exigiu da Federação um projeto de mudança no sistema de vendas e distribuição de ingressos aos torcedores. Se os clubes não apresentarem as soluções, Rubinho não vai assinar o convênio com a Suderj, inviabilizando assim o uso do Maracanã no Campeonato Carioca.