Desde que se falou em Copa do Mundo no Brasil a sensação de que era importante ser montado um forte esquema de fiscalização para coibir ou punir quaisquer desvios de conduta, além de exigir o cumprimento rigoroso de todos os orçamentos e prazos foi cobrada.

Pois bem, reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (11) aponta os primeiros “imprevistos” nas obras. De acordo com informações do impresso do Rio de Janeiro, especialistas do Consórcio Maracanã Rio 2014 identificaram sinais de deterioração de parte da estrutura da cobertura original do estádio. Este “detalhe” não previsto pode jogar a conclusão da obra para 2013, ano seguinte ao previsto.

Caso seja confirmada a necessidade de reforma neste espaço, a obra inicialmente orçada em R$ 712 milhões pode custar R$ 1 bilhão. Segundo "O Globo", a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro não confirma os problemas. A estimativa de valor e novo prazo foram feitas pelo consultor de engenharia estrutural João Luiz Casagrande, que analisou o projeto proposto para o Maracanã. O estádio passará a ter cobertura em 100% das arquibancadas.

“Estruturas metálicas e de concreto foram projetadas para durar 50 anos. O Maracanã já tem 60 anos”, disse João ao jornal.

"O Globo" ainda afirma que a Secretaria de Obras divulgou uma nota oficial comunicando que irá encomendar um estudo especializado para garantir se existe ou não comprometimento da estrutura.

Promessa e dívida
Em novembro do ano passado, a secretária estadual de Esportes, Turismo e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins, afirmou que nada fugiria do cronograma inicial. “O Governo vai entregar o estádio no fim de 2012. A reabertura é uma decisão da Fifa e dos organizadores da Copa do Mundo. Acho que o Maracanã não poderá receber todas as competições do nosso calendário”, disse em uma entrevista coletiva. No entanto, já se fala em 2013.

Vale ressaltar que a reforma do Maracanã é custeado pelo Governo do Estado do Rio e pelo BNDES. Os cofres estaduais são responsáveis por cerca de 45% do valor. Resta saber que vai arcar com a nova divida.

Outros estádios
Estudos similares ainda não foram realizados nos outros estádios-sedes da Copa. Contudo, o que se vê é que muitas obras estão atrasadas e que os orçamentos devem todos sofrer alterações para cima.