O Coritiba conseguiu nesta quinta-feira reduzir a punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no final do ano passado, por causa da confusão no Estádio Couto Pereira, na última rodada do Brasileirão 2009. Por maioria de votos, os auditores do tribunal aceitaram o recurso do clube e diminuíram a perda de mando de campo de 30 para apenas dez partidas.

A decisão permitirá ao Coritiba jogar diante de sua torcida durante o Campeonato Brasileiro da Série B a partir do mês de setembro, no duelo com a Portuguesa, pela 22.ª rodada. O recurso, aceito pelo STJD, também reduziu a multa imposta ao clube, de R$ 610 mil para R$ 100 mil.

Com a punição inicial, o clube não poderia jogar em seu estádio durante toda a competição. Até setembro, o time mandará seus jogos fora de Curitiba, a uma distância mínima de 100 quilômetros da capital, em estádio com capacidade pelo menos 10 mil lugares.

A pena imposta ao clube se refere à invasão de campo protagonizada por parte da torcida ao final do jogo com o Fluminense que rebaixou o Coritiba para a Segunda Divisão. Torcedores e policiais ficaram feridos no episódio.

Por causa da confusão, o clube foi denunciado triplamente no artigo 213 (desordem e tumulto, arremesso de objetos e invasões ao campo de jogo) pela Procuradoria do STJD. O Coritiba acabou recebendo a punição máxima, de dez mandos de campo e multa de R$ 200 mil, pelas três denúncias.

A redução das punições foi comemorada pelo vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. "Sob o ponto de vista técnico da redução, o Coritiba recebe bem. De 30 para 10 partidas é uma grande vitória. E a redução de 610 mil para 100 mil", comentou o dirigente, que não descarta entrar com novo recurso no STJD.

"É uma pena dura, difícil. O Coritiba vai ter que cumprir mais da metade dos jogos fora da sua casa no Campeonato Brasileiro. Além do prejuízo financeiro, teremos um enorme prejuízo técnico que vamos ter que procurar um espaço para jogar nesse período", afirmou Andrade.