Falcão e Cerezo passaram a semana trocando afagos públicos e privados, lembrando os tempos em que jogaram juntos pela Selação Brasileira e pela Roma na década de 1980.
 

Mas quando estiveram frente a frente pela primeira vez no Baianão, o treinador do Bahia fez questão de mostrar uma concepção diametralmente oposta ao do amigo.

"O sonho de todo o treinador é encontrar o euqilíri e eu não gosto de encher muito de encher o time de volantes. O time não pode ser só defensivo, nem ficar só no ataque", declarou o estreante da tarde.

Para segurar o Bahia de Falcão, Cerezo fez justamente aquilo que o ex-companheiro mais contesta: escalou Uelliton, Rodrigo Mancha, Mineiro e Róbston no meio-de-campo e amarrou o jogo.

"Teve um time que entrou em campo pra ganhar e outro que entrou pra não perder. Até pela disposição tática dos dois times em campo, foi um resultado frustrante", lamentou o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho.

Para Falcão os sete jogos realizados pelo Bahia em 35 dias desde o início da temporada acabam pesando para o desempenho da equipe. "Gostei da entrega dos jogadores, mas faltou perna pra chegar com mais força ao ataque", reconheceu. "Se a gente tivesse um jogo por semana seria mais fácil de implantar nossa filosofia de jogo, mas jogando quarta e domingo eu só tenho um treino na terça e outro na sexta é difícil trabalhar a compactação no meio de campo, a defesa, as jogadas de frente. Isso não se faz do dia pra noite, mas infelizmente temos de aprender a conviver com essa realidade".

Falcão não acredita que a pausa de uma semana na tabela do Baianão durante o Carnaval será sugficiente para recuyperar o tempo perdido. "Temos de dar um repouso para os jogadores, pois descanso também é treino".