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Foto: Reprodução/TV Bahêa
Não é a primeira vez que torcedores questionam o estado do gramado do Estádio Metropolitano de Pituaçu, localizado em Salvador. Neste sábado (12) o assunto voltou à tona, após os times sub-15 e sub-17 do Bahia jogarem suas partidas pelo Campeonato Baiano das respectivas categorias.
Com uma aparência bastante castigada, o gramado de Pituaçu foi alvo de diversas críticas por parte dos torcedores que acompanhavam a partida entre Bahia 3x1 Conquista, válido pela volta da semifinal do Baianão sub-17. No duelo, os Pivetes de Aço garantiram vaga na decisão do Estadual.
Mais cedo, o estádio de Pituaçu também recebeu a partida de volta da semifinal do Campeonato Baiano sub-15, entre Bahia x SSA FC. O Esquadrãozinho empatou em 1 a 1, mas venceu pelo placar agregado de 5 a 4 e também está na final.
A alta carga de jogos no equipamento é uma das justificativas apresentadas pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Procurada pelo BNews, a Sudesb se explicou sobre o atual estado do gramado de Pituaçu.
"O campo enfrenta uma sobrecarga significativa devido à alta frequência de jogos – somente entre março e setembro foram realizadas 168 partidas. Em alguns dias, houve até 5 jogos, como no dia 24 de agosto, seguido por 4 partidas no dia 26. Isso tem impactado as condições do gramado, mas a Sudesb, em parceria com a Greenleaf Projetos e Serviços Ltda., responsável também pela manutenção da Arena Fonte Nova, está realizando adubação e outras medidas técnicas para recuperação do campo”, informa a assessoria da autarquia do Governo do Estado.
O estádio Metropolitano de Pituaçu recebe jogos de diversas competições ao longo do ano, como a Copa 2 de Julho, Série D, partidas de futebol feminino, futebol amador e competições de base. De acordo com a Sudesb, a previsão é que o equipamento supere a marca de 200 jogos, marca recorde em 2023.
Além disso, o Pituaçu também serve como alternativa quando a Arena Fonte Nova fica impossibilitada de receber partidas oficiais por conta da agenda de shows, pela sua característica de ser uma Arena Multiuso. O Bahia pode fazer alguns jogos do Brasileirão deste ano longe da Fonte Nova, devido à partida da Seleção Brasileira em Salvador, pelas Eliminatórias.
Engenheiro agrônomo da Sudesb, Fernando Carvalho deu detalhes sobre a manutenção do campo. Uma das dificuldades relatadas pelo profissional é durante o período chuvoso em Salvador, entre os meses de março e setembro, que, aliado a alta quantidade de jogos, acaba aumentando os danos à grama do estádio.
"Pela ausência de janelas para fazer essa recuperação, tratamento e aplicação de insumos e fertilizantes, mais a precipitação pluviométrica maior da época, que deixa o solo mais úmido, e a alta quantidade de pisoteio dos jogos, aumentam os danos à grama, situação que estamos presenciando neste momento. No entanto, cuidados mais intensos já estão sendo adotados para recuperação completa da grama”, informa o agrônomo.
De acordo com Fernando Carvalho, as manutenções no Estádio de Pituaçu são constantes, com a aplicação de NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), além da aplicação de produtos naturais à base de pó de rocha) e adubações.
Sobre a coloração, além das explicações anteriores, tem as espécies invasoras que afetam o gramado. O estádio fica próximo do Parque Metropolitano de Pituaçu, sujeito a este tipo de situação. Mas o engenheiro agrônomo da Sudesb garante que a grama passa por tratamento, sendo controlado pela gestão do equipamento.
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