Não foi apenas na Primeira Divisão que surgiram denúncias sobre “mala branca” na reta final do Campeonato Brasileiro. Na Série B também e começou com o presidente do Conselho Deliberativo do Bahia, Ruy Accioly, afirmando que pagou ao Bragantino para vencer o América/RN. Assim como na elite, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) interpelou no assunto e abriu um inquérito para apurar todas as denúncias.

O auditor do Pleno, Alexandre Quadros, será o responsável pelo inquérito e nos próximos dias começará a ouvir as pessoas envolvidas, assim como já vem ocorrendo com o caso da Série A, que teve início após Val Baiano e Renê, do Barueri, revelarem ter recebido dinheiro do Cruzeiro para vencer o Flamengo.

O inquérito da “mala branca” na Segundona foi aberto após a Procuradoria do STJD tomar conhecimento de uma entrevista do conselheiro do Bahia a Rádio Sociedade revelando o favorecimento ao Bragantino para vencer um dos concorrentes direto do Tricolor na briga contra o rebaixamento.

"Teve mesmo uma motivação extra. Foi uma gratificação que o Bahia deu e tinha outros clubes também dando, assim como vão dar novamente. Você não pode pagar é para o time perder, jogador ser expulso ou o juiz roubar", falou Accioly na ocasião. Dias depois desta declaração, o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, emitiu uma nota oficial dizendo que o Bahia repudia este tipo de atitude e que apenas faz “doping financeiro” a favor de seus jogadores.

No inquérito referente a Série A, várias pessoas foram ouvidas ao longo desta semana como os técnicos de Flamengo e Corinthians, Andrade e Mano Menezes, os jogadores do Barueri, Renê e Val Baiano, o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela, entre outros.