"Muitos de nós fomos campeões brasileiros recebendo um salário mínimo", relembra Gil Sergipano

"Muitos de nós fomos campeões brasileiros recebendo um salário mínimo", relembra Gil Sergipano

Reprodução

Por Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline)

Publicado em 13/05/2020, às 21h37

CompartilheFacebookTwitterWhatsApp

Campeão Brasileiro de 1988 pelo Bahia, Gil Sergipano foi entrevistado, de forma exclusiva, pela equipe dos Galáticos. O ex-jogador que marcou época no Tricolor relembrou seu início no clube e sua conturbada relação com o ex-presidente Paulo Maracajá.

Perguntado como foi sua chegada no Bahia, o campeão brasileiro revela que o presidente da época o levou para o Bahia apenas para um período de testes e que o time era muito bom.

"Cheguei em 87 no Bahia, através de Paulo Maracajá. Ele me levou para eu passar uma semana de testes. O time do Bahia era bom, era o atual campeão Baiano. As pessoas acham que Evaristo que me lançou, mas foi Fantone".

Sua relação com Maracajá não era muito boa e ele pensou em sair do clube, mas o próprio presidente vetou sua saída. Gil ainda contou com os conselhos do saudoso Mário Sérgio, então veterano na época e que se tornou grande amigo do ex-volante.

"Eu tive grandes amigos, como o finado Mário Sérgio, que me ajudou bastante no início. Eu queria até sair do Bahia porque estava ficando no banco, mas o presidente disse que eu já estava comprado e Mário me ajudou a colocar a cabeça no lugar".

Ao relembrar a grande dupla que fez com Paulo Rodrigues, ele não economiza nos elogios ao antigo colega.

"Era muito fácil jogar com Paulo Rodrigues. E apesar de ter virado ídolo, ele precisou batalhar para conseguir seu lugar, porque sofreu com problemas físicos. Mas depois que entrou naquele meio, nossa dupla foi fantástica".

O time foi campeão jogando por orgulho e amor à camisa, pois a parte financeira era complicada e muitos recebiam apenas um salário mínimo.

"Naquela época a parte financeira era difícil. Muitos de nós fomos campeões brasileiros recebendo um salário mínimo. Nós pensávamos que o clube melhoraria nosso salário após o título, mas infelizmente Maracajá não era muito bom para os jogadores", e continua falando:

"Ninguém conseguiu guardar dinheiro do título de 1988, isso não existe, não teve muito dinheiro. O que a gente gostava eram os bichos, porque o salário era muito pouco. E agradeço ao torcedor do Bahia que sempre lotava a Fonte Nova, eles que pagavam nosso bicho".

A rivalidade com o Sport foi aflorada nos confrontos das quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1988, quando o Bahia conseguiu se classificar e segundo Gil, foi daí que o Bahia teve a certeza de que poderia ser campeão nacional.

"Os jogos contra o Sport foram muito difíceis, principalmente na Fonte Nova. Foi truncado e complicado, mas foi esse jogo que nos deu uma base e sustentação para enfrentar quem viesse pela frente. Depois disso, a gente sabia que seria muito difícil qualquer time ganhar de nós".

Nostálgico e com bum humor, relembra os gol mais importante da carreira.

"O pessoal brinca até hoje comigo que meu único gol no campeonato foi muito importante. Aquele gol contra o Fluminense foi demais. Fico imaginando se eu tivesse saído mesmo no início, que bom que eu fiquei".

Por fim, ele elogia Fantone, que o lançou no Bahia, mas crava que o professor Evaristo foi que mais o marcou positivamente durante a carreira dele como jogador de futebol.

"Eu tive um início no Bahia com Fantone, mas treinei pouco tempo com ele. O treinador que mais me marcou como jogador de futebol foi Evaristo de Macêdo", completou.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Reprodução/ redes sociais

Reprodução

Reprodução

Reprodução/DAZN

Reprodução/Instagram

Reprodução / Redes Sociais

Reprodução / Internet

Reprodução

Karla Porto/EC Vitória

Victor Ferreira / EC Vitória

Ver mais Notícias