Pode mudar o ano, o mês os dias e até mesmo as estações, mas a desorganização na Portuguesa continua a mesma. Prova disso foi a confusão que ocorreu logo após a derrota diante do São Paulo, por 3 a 2, neste domingo, no Canindé, pela oitava rodada do Campeonato Paulista. Torcedores da Lusa tiveram acesso aos vestiários e agrediram o lateral Fabrício e o meia Héverton, esse autor dos gols na derrota diante do Tricolor.

 

Os dois jogadores haviam manifestado interesse em deixarem o clube durante a semana e, por isso, os torcedores não perdoaram. Apesar da revolta, a confusão só foi possível graças a falta de organização da Lusa, principalmente por parte de seus dirigentes, que permitiram a entrada de dois torcedores a uma área próxima ao vestiáro do time do Canindé. Assim que avistaram os jogadores, a troca de insultos teve início.

 

Os torcedores, que segundo os dirigentes estavam lá para conversarem com os atletas, ameaçaram Héverton e Fabrício e logo começaram as agressões físicas. Os seguranças do clube e até a Polícia Militar tiveram de intervir. Os seguranças da Lusa tentaram tirar Héverton, mesmo assim os torcedores continuaram agredindo e insultando o atleta.

 

Apesar do tumulto, nenhum torcedor foi levado para a delegacia na Zona Norte da capital paulista, ajá que a diretoria da Portuguesa entendeu que o torcedor teve autorização para entrar no local destinado aos jogadores. Héverton ainda tentou conceder entrevista, mas foi detido pelos seguranças.

 

Esse já é o segundo caso de pessoas que não fossem jogadores ou membros da comissão técnica dentro do vestiário. Em 2009, homens armados invadiram o vestiário após a Lusa ser derrotada pelo Figueirense, pela Série B. Naquele caso, a Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) interditou o estádio do Canindé.