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Jean enaltece o Vitória ao justificar escolha pelo clube: "Não deixou de ser grande, é grande"

Autor(a): Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline) em 14 de Maio de 2020 21:15
Foto: Letícia Martins / EC Vitória

Emprestado pelo Corinthians, Jean surpreendeu ao aceitar a proposta do Vitória. O volante, de 25 anos, tinha propostas de clubes da Série A e até dos EUA quando acertou com o Rubro-Negro.

Nesta quinta-feira (14), em entrevista à Equipe dos Galáticos, o jogador enalteceu o clube ao justificar a escolha. "Até falei sobre isso na minha coletiva. O Vitória é um clube muito grande e que não merece estar na Série B. Joguei na Série A e digo que muitos clubes não têm a estrutura que o Vitória tem. Das propostas que eu tinha na mão, a Série A não se comparava com a dos EUA. Eu já falava com minha família que iria aceitar a proposta dos EUA. Nisso, o Paulo Carneiro ficava me ligando e falou coisas que ninguém tinha me apresentado. Um projeto para eu crescer, evoluir. Sou novo e ainda tenho muito a crescer. Eu vi esse projeto no clube. O Geninho também me ligou e me deu força. Via algumas matérias de que o Vitória não pagava, mas o presidente foi muito claro comigo. O presidente me mostrou a realidade de como assumiu o clube e o projeto para recuperar, tudo que já tinha feito para mudar. O Vitória não deixou de ser grande, o Vitória é grande. Tudo isso me motivou a vir".

E mesmo ainda sem ter se firmado no time titular, o atleta se mostrou tranquilo. "Quando eu cheguei e vi o Gui (Guilherme Rend), o Fernando Neto, Rodrigo, Rominson, os meninos todos voando. Eu vinha de uma lesão, um ano de 2019 sem jogar muito. Então, eu parei e pensei: vou ter que correr atrás, recuperar minha forma para poder jogar. Estou me cuidado e me esforçando ao máximo", disse.

Sobre Rend, que apesar de concorrente por uma posição é muito seu amigo, Jean foi só elogios. "O Gui é fenomenal. Tem muito para crescer. O futebol dele não é para Brasil, e não estou menosprezando o futebol brasileiro. Ele tem tudo para jogar em Ligas como a Premiere League. Falei isso para ele". 

Além do Leão, o volante também lembrou o início da carreira e o primeiro contato com o futebol através do seu pai. "Na minha infância, eu tinha meu pai como treinador, na escolinha. Ele foi jogador de futebol, jogou em alguns clubes. Eu tinha o sonho de seguir a carreira do meu pai. Ele me dizia que não podia jogar golzinho na rua, descalço, pois eu tinha que ser jogador profissional. Isso eu tinha 8 anos (risos). Minha família me apoiou bastante. Desde os cinco anos fui preparado para ser jogador e consegui me profissionalizar aos 16 anos".

Ele também comentou sobre a experiência fora do Brasil, no Estudiantes, da Argentina, ainda na base. "É algo muito importante na carreira, me ajudou muito a evoluir como pessoa. Foi uma experiência incrível. O Alemão, que foi volante d a Seleção Brasileira de 86 e 90, foi meu primeiro treinador em clube. Ele me disse que tinha gostado muito de mim e queria me indicar para ir para a Itália ou o Estudiantes da Argentina. Eu aceitei e falei para ele dizer qual seria melhor para mim. Ele indicou a Argentina. Nos primeiros três meses foi difícil. Os caras me chutavam, me cuspiam, por ser brasileiro (risos). Eles têm um estilo guerreiro, mas são muito obedientes taticamente. Eu peguei isso deles. Mas, lá, até de bandeirinha atuei. Em um jogo contra o Quilmes, o treinador deu o colete branco para todo mundo e me deu o vermelho, mandou eu segurar na mão e bandeirar. Por isso, fui zoado o ano inteiro. Depois, ele me disse que sempre faziam isso, escolhiam alguém para bandeirar e amistoso. Passei dois anos lá. Foram muito bons, aprendi demais".

Do Estudiantes, que queria sua permanência, o jogador se transferiu para o Paraná, por opção própria, e brilhou até chamar atenção do Corinthians. Apesar de não ter sido aproveitado no Timão, ele teve oportunidade de jogar no Vasco, em 2017, onde acredita ter vivido a melhor fase da carreira. 

"Foi bom. Por mais que eu não tenha jogado no Corinthians, me abriu um leque grande. Consegui ir para o Vasco depois. No Paraná consegui coisas boas, como o primeiro gol da carreira, mas no Vasco foi o melhor ano da carreira. Fomos para a Libertadores, vencemos a Taça Rio, fui o maior roubador de bola do Brasileiro".

Em seguida, passou pelo Botafogo, sua última equipe antes de chegar ao Vitória, mas acabou sofrendo com as lesões. "No Botafogo, quando eu estava pegando uma sequência muito boa, sofri uma lesão de grau 1 na coxa. Eu não tinha nem dez dias de recuperado e me falaram que eu teria que jogar contra o Bahia. Colocaram um coxal. Eu consegui jogar até os 10 minutos do segundo tempo, só que a lesão de grau 1 foi para grau 2. Depois, contra o Corinthians, aceitei jogar também sem estar totalmente tratado e acabei perdendo a temporada de 2018 toda. Em 2019, estava bem, mas por escolha de treinador acabei não sendo muito utilizado", encerrou.


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