Os incidentes causados pela falta de ingressos na última quarta-feira, quando cerca de três mil torcedores do Sport ficaram de fora da partida contra o Araripina, na Ilha do Retiro, poderão resultar no fim da parceria entre o clube rubro-negro e a BWA, empresa responsável pela Ingresso Fácil, que vem confeccionando os bilhetes nos jogos do Leão. Segundo os dirigentes pernambucanos, a empresa enviou apenas quatro impressoras de ingressos para a partida. O clube havia solicitado 12 máquinas - número que teria sido suficiente para dar conta da demanda de torcedores naquela noite, já que cada impressora imprime cerca de 800 ingressos por hora.

Ontem, a BWA se pronunciou oficialmente através do diretor Bruno Balsineli. Ele disse que o Sport teria solicitado uma carga de 4.530 bilhetes (considerando todos os setores, além dos 10 mil bilhetes do Todos com a Nota), número bem abaixo da expectativa de público. "O Sport fez uma previsão para receber 15 mil pessoas. Respeitamos a opinião de quem fez este cálculo, mas foi um erro. E, infelizmente, acreditamos nessa previsão", afirmou Balsineli, que disse ter enviado sete impressoras.

Silvio Guimarães rebateu, apresentando um e-mail encaminhado à BWA em 8 de janeiro, informando o número de 4.630 ingressos como uma "sugestão" para uma carga inicial. "Cabe a empresa avaliar a quantidade de ingressos. Nós não temos essa obrigação. Tanto que às 17h30 do dia 13 (data da partida), o número de ingressos vendidos já era de 3.500", disse.

Para a tobogã do placar eletrônico, o novo setor dos sócios-torcedores, foram apenas 500 ingressos na previsão inicial. Aquele setor tem capacidade para receber cerca de 6.500 torcedores. "Depois de me ligar pedindo desculpas hoje (ontem), o diretor da BWA ainda foi na Rádio Clube dizer que a culpa era nossa, que era da Polícia Militar. Disse até que faltou água. No nosso entendimento, nós devemos romper esse contrato", completou o dirigente leonino.