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Júnior 'Diabo Loiro' afirma que deixou o Vitória "sem ter vontade de sair"

Autor(a): Pevê Araújo - Instagram (@pevearaujo) em 16 de Abril de 2020 15:00
Foto: Reprodução

Antes de chegar ao Vitória e fazer história, o centroavante Júnior, conhecido como "Diabo loiro", teve uma longa caminhada. Revelado pelas divisões de Base do Fortaleza, o atleta foi ídolo em clubes do futebol europeu e bateu marcas importantes atuando no velho continente. 

Em entrevista exclusiva aos Galáticos Online, o atacante contou um pouco sobre as equipes que atuou durante a carreira. "Em 2005 eu joguei no Fortaleza, fiquei até 2008. Não foi um momento muito bom, mas eu sou muito grato a essa época que eu vivenciei lá dentro. Fui para o Ferroviário, de lá, comecei a minha carreira no exterior", disse.

"Fui para o Chile, para a Espanha, para a França, Bélgica, Inglaterra, Dinamarca, Suécia e por aí vai...", continuou. Júnior viveu a maior parte da carreira atuando fora do país, no entanto, viveu o ano mais marcante vestindo a camisa de um clube brasileiro, o Vitória.

"Quando eu realmente me senti um artilheiro, foi na Inglaterra. Já estava com uma certa idade, uma certa experiência, onde fui artilheiro do Campeonato Inglês, da segunda divisão, onde eu tive algo muito parecido com o que eu vivenciei no Vitória, mas digo que no Vitória foi a maior fase da minha carreira. Marquei 30 gols, nenhum de pênalti, 30 gols de bola rolando", afirmou. 

Questionado sobre o ano de 2010 pelo Vitória, Júnior lembrou as conquistas e a chegada do clube na final da Copa do Brasil daquele ano. "Foi um momento muito marcante da minha carreira, onde além do Campeonato Baiano, eu fui artilheiro, não fui da Copa do Nordeste, porque a gente jogou muito pouco, fizeram aquela mescla dos reservas com os titulares, mas fui vice artilheiro da Copa do Brasil, fiquei atrás do Neymar", contou. 

O atleta lembrou o gol marcado na final da Copa do Brasil contra o Santos e afirmou que o resultado poderia ter sido melhor. "Naquele momento, foi um baque muito grande aquele gol que a gente tomou no primeiro tempo. A gente conseguiu perder pro Santos por 2 a 0 no primeiro jogo e no segundo a gente tinha a certeza que poderia reverter o quatro. Eu digo que a gente se prejudicou um pouco na parada para a Copa. Eu tenho uma tristeza muito grande pelo que a gente viveu no primeiro semestre", descreveu.

"Foi um primeiro semestre muito forte. Não tinha clubes que pudessem nos bater, então, quando a gente voltou depois da parada, as coisas se igualaram muito, muitas coisas aconteceram, eu não joguei o primeiro jogo da final e isso me deixou muito triste", concluiu o artilheiro. 

Após a derrota na final da Copa do Brasil, o Vitória desceu de produção. A sequência de resultados ruins fez com que a diretoria trocasse de treinador e contratasse novos reforços, que não se encaixaram bem no elenco e provocou insatisfação em alguns atletas que já estavam no grupo.

"Não é que o time enfraqueceu. O Vitória fez algumas contratações que não precisavam. Acho que faltou um pouco de gestão na época. Nós tínhamos uma equipe muito boa. A gente poderia brigar no meio da tabela ou até por uma Libertadores, mas a diretoria querendo algum resultado de imediato fez com que a gente trocasse de treinadores várias vezes e algumas contratações que não deram certo e calhou que não conseguimos permanecer na primeira divisão", falou.

"Se o torcedor lembrar que naquela época a gente brigou até o final, nós brigamos até o final, onde tivemos na época dois empates que poderiam dar uma tranquilizada na gente e as coisas não aconteceram", completou Júnior.

Questionado sobre o gol anulado contra o Corinthians, na partida que terminou 1 a 1, no Barradão, o atacante lembrou do recurso de árbitro de vídeo, que não existia naquela época.

"Essa foi mais uma das coisas que nos prejudicou. Se tivesse o VAR naquela época, teriam validado o gol e nós teríamos os três pontos para a gente continuar na luta para permanecer na primeira divisão. Aconteceu aquilo e foi algo que impactou muito negativamente dentro do plantel e a gente teve que correr atrás de outros resultados, outros jogos difíceis", destacou. 

Saída do Vitória

O atacante que marcou 30 gols pelo clube em 2010, afirmou exclusivamente aos Galáticos Online que não foi procurado pela diretoria do Vitória para uma renovação. 

"Eu acho que o Vitória errou, principalmente no segundo semestre, quando poderiam ter me tranquilizado, ter falado 'Júnior, vamos renovar com você, a gente conta contigo para o próximo ano', eles não chegaram a querer renovar comigo. Aconteceu que eu saí do Vitória sem ter vontade de sair e você sabe, o time foi rebaixado, eu saí do clube, insatisfeito, mesmo me doando, ganhando um salário básico, pouco, mas uma das incógnitas que eu não consigo entender", desabafou. 

Depois de deixar o Vitória, o atacante ainda vestiu a camisa do Ceará, antes de assinar com o Bahia, quando voltou para Salvador, dessa vez pelos lados do Fazendão.

"Acabou que eu fui para o Bahia. Antes de assinar com o Bahia, eu contatei a diretoria do Vitória e eles não mostraram nenhum interesse em querer que eu retornasse", finalizou o Centroavante. 


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