Sport: do sonho ao pesadelo em 2009
Autor(a): Fonte: Folhape em 16 de Novembro de 2009 22:17
E no início tudo era realmente como um sonho: Sport, campeão da Copa do Brasil 2008, disputando a Libertadores. A euforia estava lá em cima e assim continuou durante a competição. Invasão da torcida ao Chile, vitórias históricas como a sobre a LDU, na altitude de Quito, e a classificação em primeiro lugar no grupo. Mas eis que, nas oitavas-de-final, o time cai diante do Palmeiras. E se Paulo Baier não perde dois gols feitos? E se o chute de Ciro, aos 49 minutos do segundo tempo, não tivesse ido na trave? E se o goleiro Marcos não tivesse em mais uma noite iluminada? Só restaram os "e se..."
Para muitos, ali começou a derrocada. As deficiências de elenco e os desentendimentos internos já começavam a vir à tona. Estava claro que o time precisava se reforçar. Daniel Paulista, o pilar de sustentação do meio-campo, havia se machucado e ficaria de fora do resto da temporada. Pouco tempo depois, Paulo Baier foi embora, deixando o time sem um articulador. O ataque já vinha mostrando uma deficiência séria: faltava o goleador.
E então o pior foi acontecendo. Os resultados dentro de campo não vieram. E a maneira encontrada pelos dirigentes foi trocar o comando do time. Assim, o aclamado Emerson Leão substituiu Nelsinho Batista. Um verdadeiro desastre. Com ele, pelo menos, chegaram alguns reforços. Ninguém, porém, que resolvesse. O retrospecto do treinador foi pífio. Em dez jogos, três vitórias, dois empates e cinco derrotas.
Quando Péricles Chamusca assumiu a equipe, o time ocupava a última posição na tabela, com apenas 13 pontos. A sua partida de estreia já mostrava o tamanho do desafio que viria pela frente. Uma apresentação medíocre diante do Internacional e derrota por 3x0, no Beira-Rio. Depois disso, até se viu uma evolução no futebol. Com ele no comando, foram quatro vitórias, cinco empates e oito derrotas. Dezessete pontos conquistados, insuficientes para livrar o Leão da degola.
O golpe final, quem diria, veio contra o Palmeiras. O mesmo que deu início a todo o processo de queda, na Libertadores. Ironia do destino, uma peça pregada pelos deuses do futebol. Na prática, o Sport 2009 foi uma fábrica seriada de erros. E pagou muito caro por isso. Está de volta à Série B, onde ninguém quer estar, e de onde não é nada fácil sair.
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