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Série A: Felipão tem trabalho triplo para manter ordem

Autor(a): Globo Esporte em 17 de Agosto de 2011 10:04

Não é de hoje que o técnico Luiz Felipe Scolari vem exercendo múltiplas funções no comando do Palmeiras. Ainda que diga que só quer saber de trabalhar dentro de campo, o treinador não consegue se desvencilhar dos problemas que rondam o Palestra Itália. Depois da derrota por 1 a 0 para o Vasco, no domingo, o técnico admitiu que o ambiente do grupo está pesado desde a polêmica situação de Kleber, que recebeu proposta do Flamengo, mas permaneceu no clube com promessas de receber aumento salarial. Às vésperas de quatro jogos decisivos, Felipão terá de ser mais do que um técnico para evitar prejuízos maiores ao time.

Na sequência, o Palmeiras pega Bahia, São Paulo e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, fechando o primeiro turno. E entre os dois clássicos paulistas ainda há o duelo de volta diante do Vasco, pela Copa Sul-Americana, e com um placar de 2 a 0 contra. A lavagem de roupa suja começou na segunda-feira, com uma conversa de 50 minutos entre técnico e elenco, e deve continuar até que Felipão consiga contornar o princípio de incêndio. A resolução das insatisfações no elenco é um trabalho que caberia inicialmente à diretoria, mas o técnico tem participado bastante.

- A diretoria trabalha muito em conjunto com a comissão técnica, então é natural que ele participe – explicou o vice-presidente Roberto Frizzo.

Durante o próprio imbróglio de Kleber ele tentou fazer a ponte entre diretoria e jogador. Às turras com Frizzo e o presidente Arnaldo Tirone, o Gladiador recebeu apoio público do comandante quando se falou em reajuste salarial. Felipão tem blindado seus atletas nas entrevistas, mas trata de corrigir e resolver situações nos vestiários na base da conversa.
Quando ele está treinando, Felipão é o técnico. Fora do jogo é o psicólogo, e depois se torna um diretor que quer conversar e resolver os problemas"
Marcos Assunção

Foi no melhor estilo psicólogo que Maikon Leite, por exemplo, recebeu palavras de conforto do técnico após perder a posição no jogo contra o Vasco. O atacante ouviu que o time precisava de novas idéias no setor ofensivo, e que por isso Dinei seria alçado à condição de titular. A ideia de teste é verdadeira, tanto que contra o Bahia, nesta quinta-feira, no Canindé, Maikon deve voltar e o sacado da vez será Luan.

Os jogadores têm aprovado a postura franca do técnico, ainda que não tenham entendido a manifestação de Felipão a respeito da mudança de ambiente. Nesta terça-feira, Marcos Assunção disse que não percebeu um clima pesado, e outros jogadores compartilham da opinião do volante. Mesmo assim, Assunção garantiu: o comandante do Palmeiras terá habilidade para superar mais esse obstáculo.

- Quando ele está treinando, Felipão é o técnico. Fora do jogo é o psicólogo, e depois se torna um diretor que quer conversar e resolver os problemas. É o jeito dele, quer ver as coisas certas no Palmeiras. Imagine se tivéssemos um treinador que não se metesse em nada dessas coisas? – indagou o volante.


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