Série A: Felipão tem trabalho triplo para manter ordem
Na sequência, o Palmeiras pega Bahia, São Paulo e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, fechando o primeiro turno. E entre os dois clássicos paulistas ainda há o duelo de volta diante do Vasco, pela Copa Sul-Americana, e com um placar de 2 a 0 contra. A lavagem de roupa suja começou na segunda-feira, com uma conversa de 50 minutos entre técnico e elenco, e deve continuar até que Felipão consiga contornar o princípio de incêndio. A resolução das insatisfações no elenco é um trabalho que caberia inicialmente à diretoria, mas o técnico tem participado bastante.
- A diretoria trabalha muito em conjunto com a comissão técnica, então é natural que ele participe – explicou o vice-presidente Roberto Frizzo.
Durante o próprio imbróglio de Kleber ele tentou fazer a ponte entre diretoria e jogador. Às turras com Frizzo e o presidente Arnaldo Tirone, o Gladiador recebeu apoio público do comandante quando se falou em reajuste salarial. Felipão tem blindado seus atletas nas entrevistas, mas trata de corrigir e resolver situações nos vestiários na base da conversa.
Foi no melhor estilo psicólogo que Maikon Leite, por exemplo, recebeu palavras de conforto do técnico após perder a posição no jogo contra o Vasco. O atacante ouviu que o time precisava de novas idéias no setor ofensivo, e que por isso Dinei seria alçado à condição de titular. A ideia de teste é verdadeira, tanto que contra o Bahia, nesta quinta-feira, no Canindé, Maikon deve voltar e o sacado da vez será Luan.
Os jogadores têm aprovado a postura franca do técnico, ainda que não tenham entendido a manifestação de Felipão a respeito da mudança de ambiente. Nesta terça-feira, Marcos Assunção disse que não percebeu um clima pesado, e outros jogadores compartilham da opinião do volante. Mesmo assim, Assunção garantiu: o comandante do Palmeiras terá habilidade para superar mais esse obstáculo.
- Quando ele está treinando, Felipão é o técnico. Fora do jogo é o psicólogo, e depois se torna um diretor que quer conversar e resolver os problemas. É o jeito dele, quer ver as coisas certas no Palmeiras. Imagine se tivéssemos um treinador que não se metesse em nada dessas coisas? – indagou o volante.