Eliminado de maneira vexatória da Copa América, o treinador Mano Menezes, da seleção brasileira, concedeu a última entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (18) tentando justificar a queda perante o Paraguai.

Segundo Mano, apesar da eliminação, a seleção evoluiu e cresceu tecnicamente. “As competições são isoladas e o que fica de ensinamento é o que se aprende internamente. Entramos de uma maneira e saímos melhor. Poderíamos não vencer, como não vencemos, mas teríamos que sair da Copa América, olhar um pouco para trás e ver a evolução e é assim que saímos daqui”, disse.

O treinador mantém cautela com relação ao processo de renovação da seleção. “Eu penso que fizemos uma transformação bastante grande para esse primeiro ano de trabalho, que vai se encerrar agora dia 24 e você precisa fazer isso com cuidado. Vamos continuar pensando nessa linha, tomando todo cuidado necessário para não errarmos, pois o caminho é esse”, comentou.
 
Para Mano, o trabalho não pode ser jogado fora devido a uma eliminação. “Essa é a hora mais perigosa, quando o resultado não veio e aí acham que tem que se destruir tudo e não é por esse caminho”, afirmou.

O técnico optou em condenar o local da cobrança dos pênaltis, no qual a seleção perdeu todas as tentativas. “Nós treinamos as penalidades e os jogadores escolhidos foram os que tiveram melhor desempenho. Não entendo que tenha faltado controle emocional para os jogadores, nesse caso especifico teve um agravante porque o local das cobranças estava em péssimas condições. Falhamos na hora das penalidades máximas e você errar quatro oportunidades em quatro cobranças não tem justificativa”, justificou.

Mano Menezes espera as criticas e afirma que segue firme à frente da seleção. “Penso que vou ser criticado como os técnicos são quando não vencem. Penso que vou continuar fazendo até que se pense diferente”, frisou.

O treinador comentou sobre o processo de observação dos jogadores que irão disputar as Olimpíadas em 2012. "A Olimpíada é outra etapa marcante que temos porque tem muitos jogadores na seleção principal que tem condições de estar na seleção olímpica. Para os jogadores estarem lá, principalmente os que atuam na Europa, tem que ter o consentimento entre jogador e clube, uma vez que a competição não tem participação da Fifa, então temos que pensar como fazer para armar a base da seleção olímpica", concluiu.