Um dos campeonatos mais polêmicos dos últimos anos, o Brasileirão de 2005 voltou a ser assunto nesta semana. Marcado pelo máfia do apito, esquema entre árbitros e casas de apostas, a competição precisou remarcar algumas partidas já realizadas por conta do problema.

No entanto, outro episódio envolvendo uma suposta armação veio à tona nesta semana. Segundo o ex-árbitro e agora deputado federal, Evandro Román (Patriota-PR), a partida entre Corinthians x Santos foi entregue pelo time do litoral.

Conforme o ex-juiz, a partida, vencida por 7 a 1 pelo alvinegro da capital, tinha como objetivo derrubar o então técnico santista, Nelsinho Baptista. Um dos atletas em campo pelo Santos, o ex-jogador Ricardinho negou a existência de qualquer armação. 

“Primeiramente, eu pensei em ignorar, porque é tão absurdo que nem merece resposta. Mas pelos jogadores que vestiram a camisa do Santos comigo, pela história que esses jogadores têm, eu não posso ficar quieto nessa situação, totalmente mentirosa. Não teve isso que ele falou e não pode ter dúvidas, ficar no ar sem resposta. As pessoas corretas não podem ouvir isso sem repudiar o que esse cara falou”, disse Ricardinho, ao GE. 

Ainda segundo Román, que revelou a informação durante uma sessão da Comissão de Educação da Câmara, o fato lhe foi confirmado por um jogador da equipe santista, que não teve a identidade revelada.

Eu vou cometer uma inconfidência aqui. Fui árbitro da Fifa durante muitos anos, mais de 25 anos. Eu quero que os senhores busquem depois junto ao YouTube um jogo que eu arbitrei no dia 6 de novembro de 2005, um 7 a 1 que ocorreu em Corinthians x Santos. Neste jogo, dentro de campo, liderado por um dos jogadores do Santos, houve um conluio, não com todos, para derrubar o treinador que na época era o Nelsinho Baptista", conta. 

"O que eles fizeram? Eles iam perder um jogo no interior de São Paulo? Não, eles tinham que perder um jogo para o maior rival, que era o Corinthians naquele momento. Entregaram e perderam de 7 a 1. Então eu quero dizer que, neste momento, me parece que o senhor Danilo Ribeiro, [presidente] do Inep, está sendo 'boi de piranha', como foi também o senhor Nelsinho Baptista. Eu vivenciei isto dentro de campo", pontua Román, que utilizou o episódio para criticar uma suposta interferência no Enem 2021.