A diretoria do Palmeiras foi dura em sua decisão. Por causa da briga no intervalo do jogo de quarta-feira contra o Grêmio, o zagueiro Maurício e o atacante Obina estão afastados definitivamente do clube. "Tivemos um evento grave em campo, uma agressão recíproca. Para a nossa entidade é inadmissível, ofende a nossa tradição. Eles não vestem mais a camisa do Palmeiras", informou o vice de futebol Gilberto Cipullo.

Ainda nos vestiários do estádio Olímpico, Maurício e Obina já foram informados da decisão da direção palmeirense. Segundo Cipullo, ambos ouviram de cabeça baixa a ordem dos mandatários alviverdes. "Não há possibilidade de desculpa.  Agora vamos voltar a São Paulo e cuidar da parte jurídica da situação. De prático, eles estão fora do elenco", reforçou Cipullo.

Sem espaço no Palmeiras, Obina será devolvido para o Flamengo. Seu contrato no Palestra Itália já vencia no final do ano. Maurício pode ser emprestado para outra equipe ou ter seu vínculo rescindido. "A opinião do afastamento foi unânime, inclusive com a participação do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo", revelou Cipullo, que desmentiu problemas anteriores no grupo. "Esse assunto apareceu hoje no campo, não tínhamos visto nada anteriormente", completou o cartola.

Antes de terem conhecimento da decisão da diretoria, os integrantes do elenco alviverde procuraram defender Maurício e Obina. O meia Diego Souza também rechaçou a possibilidade de uma rusga anterior entre os brigões. "Os dois são tranquilos, eles têm muita amizade, isso acontece com todos nós. Foi um fato raro. É difícil, passamos por cobranças, a situação era complicada. A gente sabe que (a briga) já ocorreu em outras equipes. Sabemos que é feio, vamos tentar conversar para manter o respeito um com outro", opinou o camisa 7.