Completamente emocionado, o goleiro do Bahia, René, concedeu entrevista coletiva na tarde dessa segunda-feira para comentar sobre o caso do doping no qual foi flagrado.

 

René afirma que esse já usava há tempo esse remédio e que não sabia que tinha substâncias dopantes. “Nunca tive idéia que era dopante porque eu já tinha tomado em outras situações esse remédio. Já tomei na casa dos meus pais, melhorei, depois minha esposa também usou para dor de cabeça e eu continuei tomando, mas infelizmente aconteceu desse remédio ter uma substância dopante e eu ser sorteado”, disse.

 

O arqueiro comentou como recebeu a notícia. “Tomei um choque. Primeiro eu tinha sido vetado pro jogo e depois tive essa outra notícia, no dia que minha filha completa seis anos. Quando me falaram que foi comigo contra a Portuguesa, fiquei sem chão”, falou.

 

Mesmo com essa situação, o arqueiro tricolor deixa claro que jamais vai “jogar a toalha”. “Quem é líder não pode jamais jogar a toalha. A tristeza vem, mas a força também vai vir e com orações e ajuda de todo mundo vou sair dessa” afirmou.

 

René confessa que falhou em não ter avisado aos médicos sobre o medicamento. “Em todos os jogos ele pergunta. Até passa uma relação para falar o nome do remédio, mas eu vim saber o nome, a fórmula dele agora, nessa situação. Infelizmente eu errei”, revelou.

 

Emocionado, o camisa 1 do Bahia afirmou que sua esposa está se sentindo culpada por tudo que ocorreu. “Ela está arrasada! Estávamos passeando ontem (domingo) e todo mundo tirando fotos, me apoiando, quando olhei para o lado ela estava em prantos. Aí, falei para ter calma e ela me disse que amanhã ou depois isso tudo pode acabar, porque me deu um remédio. Eu disse que ela não tinha culpa de nada. Ela vai ficar mais tranqüila depois de sair o resultado. Nesse momento, tenho que dar força a ela, a meu pai”, disse.

 

O goleiro tem muita confiança que será absolvido no seu julgamento. “Eu vou ser julgado e eu acredito muito naquilo que o homem pensa, e eu acredito muito que vou ser absolvido porque não houve dolo, maldade, então eu peço que aja compreensão mesmo em se pensar em uma punição grande”, finalizou.