O Vitória vem ao longo dos últimos anos tentando se reconstruir e vencer as crises dentro e fora de campo, que foram geradas pelas gestões que passaram pelo clube. Visando isso, muitas figuras profissionais históricas do Leão tiveram que deixar o Barradão para encurtar os gastos, sejam elas jogadores, treinadores ou outros funcionários.

Nesta semana, mais um deles foi desligado da intituição. Trata-se do massagista Edmilton Pedreira (mais conhecido como ''Tuca'' ou ''Tuquinha''), que trabalhava hà 36 anos para o Leão e é deficiente visual.

O Rubro-negro emitiu um comunicado oficial nesta terça-feira (21), assinado pelo presidente Fábio Mota, informando a saída do trabalhador, agradecendo sua trajetória e anunciando que a sala de massagem do clube passará a ter seu nome. De acordo com a carta, Tuca estaria saindo devido à sua aposentadoria, na qual ia passar a usufruir desse direito. Contudo, a história não é exatamente essa.

Em contato com o Galáticos Online, o massagista contou uma versão diferente da explicada pelo Vitória, afirmando que estava sendo demitido mesmo. Tuquinha também contou que a justificativa para o seu desligamento seria o salário que recebia, visto que o clube está com dificuldades financeiras.

''O clube está me desligando, porque está dizendo que eu estou aposentado e aposentado ganha muito, e o clube está sem condições. Já estou aqui para fazer exame, tô com o papel'', disse.

''Ontem (segunda-feira), na hora que acabou o expediente, quando acabei de fazer as massagens, me avisaram que o setor pessoal queria manter contato comigo. Hoje (terça-feira) de manhã fui até o setor pessoal e disseram que o clube estava enxugando, por causa das condições que está passando, e nós que já estávamos aposentados iríamos embora, porque tínhamos um salário que o clube não estava com condições de pagar em relação a situação, então demitiram. Tranquilo, vou fazer exames e levar até o clube. Espero que ele me pague tudo. Meu fundo de garantia que tá lá, minha premiação e rescisão. Não deixo nada lá. Vida que segue'', explicou.