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Luciano Júnior fala sobre carreira e desafios de ser treinador de goleiros do Vitória

Autor(a): Pevê Araújo - Instagram (@pevearaujo) em 23 de Abril de 2020 20:00
Foto: Letícia Martins / ECVitória

Em entrevista exclusiva concedida aos Galáticos Online, o treinador de goleiros do Vitória, Luciano Júnior, falou sobre a rotina em busca de melhorar o desempenho dos goleiros do Vitória. O profissional destacou a importância da formação nas divisões de base e as principais diferenças em atletas vindos de fora.

"Eu acho que todos os goleiros, os formados na casa e os que vêm de fora trazem os desafios para os treinadores. Os que vêm de fora, que trazem uma nova cultura, um novo estilo de comportamento técnico, nos dão aquele desafio de poder desenvolver o seu potencial. A gente tem que procurar desenvolver o potencial de cada atleta", afirmou.

“Em 2019 encontrei Caíque, Ronaldo, Lucas Arcanjo e atletas que estão sendo formados pela base, como Yuri. Atletas que foram formados pelo Vitória e buscam seu espaço", continuou.

Atuando principalmente com goleiros formados nas divisões de base do clube desde que voltou ao Vitória, Luciano fez uma comparação entre os trabalhos dos atletas que sobem ao profissional e os que chegam de outras escolas.

"O desafio de trabalhar com os goleiros da casa é mais emocional. O atleta da casa é mais cobrado do que o atleta que vem de fora. A gente costuma dar sempre esse exemplo. O atleta sofre mais cobrança na performance dele do que os que vêm de fora. A diretoria deveria blindar mais esses atletas", contou.

O treinador de goleiros do Vitória também falou sobre Martín, atual goleiro titular da equipe, que se recupera de uma lesão sofrida na primeira partida da temporada, contra o Fortaleza, pela Copa do Nordeste.

"O Martin Silva é de outra escola de goleiros. Procuramos dar para ele o melhor trabalho para agregar nas qualidades que ele já traz", disse. 

Luciano destacou a importância das características de formação do clube. Com histórico na revelação de grandes goleiros, como Dida e Fábio Costa, o Vitória vive uma crise de identidade provocada pelo atual momento político da equipe, o que atrapalha também os atletas oriundos da base.

"Pelo Vitória ser uma grande escola de goleiros, claro que a gente quer trabalhar com os goleiros da casa. A gente já conhece o estilo dos goleiros do Vitória, a gente sabe que existe uma característica, existe um DNA e a gente procura trabalhar em cima dessa linha".

"As características de trabalho específicas do treinamento de goleiro do Vitória se perpetua. Vem ao longo desses muitos anos. Eu vejo possibilidade dos goleiros que hoje figuram nas equipes do Vitória fazerem coisas boas pelas frentes. Temos nomes que a gente entende que se tudo der certo durante a trajetória, eles vão também ocupar um espaço de destaque no cenário nacional e quem sabe mundial", afirmou Luciano.

Weverton, goleiro do Palmeiras, foi indicado ao Vitória

No ano de 2011, Luciano Júnior indicou ao Vitória o goleiro Weverton, um dos destaques atuando no futebol brasileiro atualmente, no entanto, as negociações não deram certo e o encontro dos dois aconteceu no Athletico-PR, em um projeto que rendeu muitos frutos.

"Weverton é um atleta que em 2011 em indiquei ao Vitória. Nós estávamos em busca de goleiros e foi um dos nomes que eu coloquei na lista para uma possível negociação com o Esporte Clube Vitória. Não vou dizer 'infelizmente não veio', vou dizer 'felizmente'. Na verdade, estava traçado para nós fazer história lá no Athletico-PR"

O profissional aproveitou para lembrar dos momentos de trabalho com o atual goleiro do Palmeiras e destacou a importância dos resultados conquistados ao longo das temporadas, quando o goleiro alcançou uma convocação para a seleção olímpica em 2016 e decidiu o torneio a favor do Brasil após defender um pênalti na final.

"Trabalhar com ele foi muito positivo, não só para mim, como para ele também. Traçando nossos objetivos temporada a temporada, dentro das possibilidades, fomos avançando nas nossas metas e fomos alcançando elas. Os números a cada temporada foram sempre progressivos", afirmou.

"Em 2016 foi um momento especial, a convocação dele para a seleção olímpica e mais especial ainda se tornou quando ele conseguiu, de maneira direta, ajudar na conquista do ouro olímpico", finalizou.


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