A goleada por 6 a 0 sofrida para o Sport mergulhou o Bahia na primeira crise da temporada. Revoltados, torcedores protestaram contra jogadores e dirigentes no aeroporto e picharam a entrada do CT Evaristo de Macedo com palavras de cobranças.

Nesta sexta-feira (24), o atacante Everaldo concedeu entrevista coletiva e comentou a situação. "Não entrar em campo é muito forte. Foram as circunstâncias. Nós demoramos a adaptar ao gramado, estava bastante pesado já no aquecimento. Com a chuva ficou mais pesado. Com um jogador a menos, tomamos o primeiro gol muito cedo, isso complicou ainda mais. A tomada de decisão é rápida, infelizmente aconteceu esse resultado. Todos estamos indignados e o torcedor tem todo o direito de protestar, desde que seja pacífico. Não pensem que estamos confortáveis com o que aconteceu. Doeu, tá doendo, sendo difícil. Conversamos bastante sobre o assunto e todo mundo tá indignado. Doeu, mas temos que virar a chave. Buscar trabalhar e falar pouco".

Porém, o jogador garantiu que o grupo não deixará o episódio atrapalhar a sequência da temporada. "Hoje o treino já foi diferente, tu já viu o sangue no olho de todo mundo. Não é pelo protesto, independente disso. Todo mundo sentiu, o comportamento tem que mudar e é o que vamos fazer agora. Como grupo, estamos cientes do que aconteceu, indignados, e agora tem que dar sequência no trabalho e focar".

Everaldo ainda analisou seu desempenho com a camisa tricolor e admitiu que ainda pode evoluir. "Estou trabalhando, fazendo meu melhor, evoluindo mais. Venho de três anos jogando fora do país, em uma cultura diferente. Não estou feliz, estou indignado e minha maneira de responder é com trabalho. As coisas vão voltar a acontecer, confio muito no meu potencial e sei que as coisas vão mudar, não só para mim, mas para o grupo, coletivo. Entendo a indignação da torcida, não gosto de chegar depois de um jogo com uma derrota, sem ter feito gol. Desconto aonde? Nos treinamentos. Não é falando, brigando com ninguém. É isso que tô fazendo".