A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), como já era esperado, pode acabar em “pizza”. Isso porque, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, 34 deputados federais retiraram, nesta quinta-feira, suas assinaturas de um pedido de investigação à CBF e à organização da Copa do Mundo de 2014, encabeçada pelo ex-governador do Rio de Janeiro e atual deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ).

O fato curioso é que a decisão destes 34 deputados, em “pular do barco”, aconteceu justamente um dia depois do presidente da entidade máxima do futebol, Ricardo Teixeira, visitar o Planalto. A “coincidência” reforça as acusações de que o cartola foi á capital do Brasil para fazer “lobby” e livra-se das investigações.

Para que a CPI seja aprovada, Garotinho precisaria de 171 assinaturas, sendo que a Câmara dos Deputados conta com 513 deputados de 21 partidos distintos. Com a saída destes 34, Garotinho possui ainda 133 nomes favoráveis à CPI, entre eles o craque Romário (PSB-RJ).

Garotinho começou a recolher assinaturas para a instauração de uma CPI, na semana passada, após declarar publicamente que Ricardo Teixeira lidera uma “quadrilha que assalta os cofres públicos”.

A afirmação foi uma alusão aos dados divulgados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de que os cofres públicos irão arcar com 98,56% dos R$ 23 bilhões previstos para o orçamento das obras para a Copa de 2014.

Para impedir a tentativa de instauração de uma CPI, o deputado tucano atacou Garotinho. “Não há nenhuma acusação feita por Garotinho que seja comprovada. Não podemos cair na leviandade”, disparou Carneiro, completando que assinaria o pedido somente se a defesa de Ricardo Teixeira não o convencer.