Retrospectiva do Leão; relembre o ano do EC Vitória

Retrospectiva do Leão; relembre o ano do EC Vitória

O Esporte Clube Vitória teve um ano digno de cinema, com uma história escrita por altos e baixos o Leão conseguiu finalizar o ano de forma brilhante, deixando para o seu torcedor o sentimento de esperança com um pouco de “quero mais”. Do improvável título baiano à vaga na Sul-Americana, relembre conosco a temporada 2024 do Rubro-negro de Canabrava. 

 

É tempo de reconquista

De volta a elite do futebol nacional seis anos após o rebaixamento para a segundona em 2018, o Leão precisava reconquistar a confiança e a moral da sua torcida e dos seus adversários ao longo do ano. Depois de um período muito difícil, passando até mesmo pela Série C, o Vitória se reergueu e mostrou que estava pronto para encarar desafios maiores, voltar a boa e velha forma.

O primeiro passo, era reconquistar o Campeonato Baiano, levantado pela última vez pelo Rubro-negro no ano de 2017, o Colossal buscava esse título como uma forma de mostrar a todos que poderia vencer qualquer um, até mesmo um rival municiado por milhões investidos. Surpreendendo com seu físico e eficiência, o Leão venceu o Bahia de virada por 3x2 no Barradão e arrancou o empate por 1x1 na Fonte Nova. O resultado não podia ser outro, sete anos depois o Vitória reconquistava o campeonato baiano.

O elenco campeão estadual era formado em sua absoluta maioria pelos mesmos atletas que conquistaram o título de campeão brasileiro da segunda divisão no ano de 2023. Atletas guiados por Leonardo Rodrigues Condé, um nome que trazia confiança, mas em breve seria sinônimo de desespero. 

 

Anúncio da tragédia

Com a conquista do Campeonato Baiano, o torcedor do Vitória encheu seu peito de confiança. O clube deva a impressão de que faria uma grande temporada ou pelo menos não traria sustos para os Rubro-negros, pura impressão. Os comandados de Léo Condé começaram a bater as cabeças e deixar a torcida confusa. 

O primeiro anuncio de que as coisas poderiam dar errado foi a eliminação precoce na Copa do Nordeste quando o clube caiu ainda na fase de grupos. O Leão ficou em quinto perdendo a última posição classificatória para o Ceará que terminou a fase com um ponto a mais. 

Em seguida veio o desempenho do Brasileirão, já se disputava a oitava rodada do campeonato e o Rubro-negro somava apenas 3 pontos, se encontrando na lanterna. Quando se ligou o alerta de uma verdadeira chance de rebaixamento, apesar de ainda ser o inicio do campeonato, a diretoria tomou uma decisão séria, demitir o grande herói do seu maior título. Era o fim da linha para o Léo Conde.

 

Renascimento

Não se sabia ao certo quem assumiria o Leão a essa altura do campeonato. Muitos nomes de velhos conhecidos do futebol brasileiro eram cogitados, mas nenhuma possibilidade parecia avançar ou dar certo. Eis que a diretoria Rubro-negra toma uma decisão ousada, contratar o jovem Thiago Carpini. 

O técnico de 40 anos era um dos mais jovens professores da competição, muito questionado por sua idade e sendo cobrado por resultados imediatos o “garoto” começou a executar seu plano. A primeira coisa feita foi uma barca de dispensas de atletas que não estavam somando mais ao elenco e a contratação de figuras que viriam para mudar o rumo disso que parecia ser uma tragédia anunciada. 

A primeira movimentação não foi das melhores, logo de cara Carpini foi eliminado da Copa do Brasil pelo Botafogo de Futebol e Regatas. Mas depois desse fato, o clube parecia começar a encontrar o caminho das pedras. 

Empatando algumas, vencendo outras e perdendo poucas o Leão buscava na sua variedade de resultados e consistência, e no fim das contas conseguiu. Se tornando um verdadeiro pé no sapato dos adversários, o clube ressurgiu ao longo da temporada e conseguiu sair de forte candidato ao rebaixamento para classificado para uma competição internacional. 

 

Epílogo

Depois de reconquistar a Bahia, voltar a elite, sofrer no regional e se reinventar no nacional, o Esporte Clube Vitória terminou o ano da melhor maneira possível, com muita emoção. O Barradão tem ídolos, Wagner Leonardo, o Xerife do Leão ou até mesmo Alerrandro, o homem granada que terminou o ano como artilheiro do Brasileirão. Todas histórias de superação, dando a volta por cima e conquistando aquilo que a torcida do Vitória merece. 

Agora, o Leão se fortalece para fazer uma grande temporada em 2025, tomara que também seja cheia de emoções, mas dessa vez relacionadas a títulos e apenas felicidade, nada de desespero e preocupação. Depois de um longo ano, mais uma vez a máxima se repete, “O Vitória é pra quem acredita”.