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Com matadores em êxodo, clubes brasileiros se ressentem de um camisa 9

Autor(a): Da Redação em 27 de Janeiro de 2011 17:08

Jonas deixou o Grêmio no início da semana. O artilheiro do último Campeonato Brasileiro não é exatamente um centroavante, mas exemplifica a carência que os clubes brasileiros vivem no setor ofensivo. Com raras exceções, as grandes torcidas começam 2011 à espera de um verdadeiro camisa 9, que assuma o papel de "homem-gol".

"Vamos buscar um substituto de qualquer forma", disse Paulo Odone, presidente do Grêmio. "Perdemos um grande jogador. Nosso goleador", avaliou o técnico Renato Gaúcho, que ao mesmo tempo elogia o resto do elenco.

"Nós temos boas opções para o ataque. Mesmo sem o Jonas, que é uma ausência muito sentida, temos o Borges, o André Lima, além do Viçosa, do Diego [Clementino], do [Vinícius] Pacheco. Porém, não há jogadores com a característica do Jonas" concluiu Renato, que entende o ex-comandado como um atacante de criação que tem faro de gol.

E o problema está longe de ser exclusivo do Grêmio. Curiosamente, um dos clubes que mais buscam um homem de definição é aquele que tem no seu elenco um dos maiores 9 da história: o Corinthians. Com Ronaldo frequentemente poupado ou lesionado, o time do Parque São Jorge já tentou Adriano, Luís Fabiano e agora pode estar à caça de Liedson.

Seus rivais diretos em São Paulo vivem situação semelhante. O Palmeiras tem em Kleber o seu principal atacante, mas o próprio Gladiador não se define como o artilheiro. No elenco atual, Dinei é quem mais se aproxima da característica de homem de área. Adriano e Max, reforços do clube para a temporada, também não se encaixam na descrição do centroavante definidor.

Mesmo o Santos, que começou 2011 em alta, sofre com o problema. Keirrison, contratado para substituir André, não engrenou e hoje sequer é titular absoluto da equipe.

O sonho dos cartolas da Vila Belmiro era Ricardo Oliveira, mas o atacante deixou Santos e São Paulo só na vontade. Autor de sete gols no último Brasileirão pelo time do Morumbi, Ricardo Oliveira voltou ao Al-Jazira, dos Emirados Árabes, reduzindo ainda mais as opções ofensivas do atual mercado brasileiro.

Outra região atrapalhada pelo mercado da bola foi Minas Gerais. O Atlético-MG perdeu Obina, artilheiro do clube em 2010 com 27 gols em 39 partidas, para o futebol chinês. A missão agora cabe a Diego Tardelli, goleador do Brasileiro de 2009, e a Jobson, recém-contratado.

“A gente vai trabalhar para assumir essa condição de artilheiro da equipe. A gente sabe o tamanho da importância do Obina e estamos aqui para fazer o possível para substitui-lo”, disse Jobson.

Enquanto uns perderam seus camisas 9, outros seguem à procura de um. O Inter promete um ano tranquilo à torcida com a contratação de Cavenaghi, que vem do futebol espanhol com a promessa de reatar a velha parceria com D’Alessandro, formada nos tempos de River Plate.

O Vasco, por sua vez, agora aposta em Marcel, depois de ter tentado Nunes e Rafael Coelho em 2010. Os maus resultados, no entanto, ainda não animaram a torcida cruzmaltina em relação ao ex-santista.

No arquirrival Flamengo, a euforia com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves contrasta com a desconfiança em relação a Deivid. A despeito do histórico vitorioso, o centroavante foi muito mal no segundo semestre do ano passado, quando chegou à Gávea. Neste ano, viu seu posto de titular ser ameaçado por Wanderley, mas aos poucos começa a equilibrar a balança.


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