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Em entrevista, Carlos Alberto fala sobre carreira e lembra assistência para Charles contra o Fast

Autor(a): Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline) em 30 de Junho de 2020 22:00
Foto: Reprodução/ GloboEsporte.com

Carlos Alberto Souto Pinheiro Júnior, mais conhecido como Carlos Alberto, está eternizado no coração do torcedor Bahia após o cruzamento para Charles no último lance da fatídica partida contra o Fast Club em 2007, pela Série C. Mas o lateral de 36 é muito mais que um jogador de apenas um lance na carreira. E em conversa com a equipe da Itapoan FM, ele falou sobre toda carreira, passagem pelo Vitória e curiosidades sobre o ex-treinador Artuzinho.

Bem vivo na memória, ele lembra do decisivo jogo contra o Fast Club e conta um pouco da participação nas jogadas ofensivas do time.

“Foi um jogo decisivo e muito importante. Se a gente não ganhasse, tava fora do octogonal final. Ná época a estrutura do Bahia não era boa, o time não tinha estrutura, campo ruim e quase falido. Mas o professor tinha uma grande elenco na mão, e focados conseguimos o acesso para a Série B”, falou e continuou:

“Foi um jogo que ataquei bastante, como de costume. Sempre fui muito ofensivo, e nesse jogo botei muita bola na área, pra Nonato e Moré e graças a Deus na de Charles ele fez o gol que nós classificou”. 

O lateral lembra as dificuldades de jogar no Bahia em 2007, quando vivia uma crise financeira muito grande e conta que os jogadores se fecharam para conseguir o acesso para a Série B.

“Naquela época, além do salário ser muito baixo, era dois meses para um. Então a gente se resumiu e sabíamos a grandeza do Bahia. Mesmo tendo estrutura não muito boa, alimentação não muito boa e salários atrasados, a gente tirou de letra e ficamos no campeonato e conseguimos o acesso para a Série B”, disse.

Carlos Alberto conta que aprendeu muito com Renato Gaúcho, mas revela que só saiu do Bahia por causa do treinador. Ele estava caminhando para renovar com o clube, mas por um uma chateação do treinador, as conversas encerraram.

“Foi um ano diferente, de aprendizado, aquele com Renato Gaúcho. Tive algumas lesões e com isso poucas oportunidades. Paulo Angione quis até renovar, mas não deu certo”, o lateral ainda revela:

“O Renato interferiu totalmente na minha renovação. Na concentração para o jogo com o Duque de Caxias o Angione me chamou e disse que eu era importante para o Bahia. Eu queria renovar. O Renato ficou chateado porque eu pedi para sair no final do jogo, eu estava sem ritmo de jogo, vinha de lesão. Na minha saída de campo ele me xingou bastante”, revelou Carlos Alberto.

“Ele chamou o Paulo Angione depois e vetou a renovação. Fui embora e ele trouxe outro lateral. Eu vinha de lesão, estava mal fisicamente, mas vinha bem no jogo, infelizmente não aguentei até o final pela falta de ritmo de jogo”, completou sobre o polêmico assunto.

A passagem pelo Vitória poderia ter durado mais e ter sido melhor. Mas mesmo jogando bem e querido para a torcida, quando o técnico Vagner Mancini chegou ao Leão, o lateral perdeu espaço.

Quem me levou para o Vitória, foi o Vadão. Quando o Mancini chegou, tive poucas oportunidades, ele levou os jogadores dele. A torcida me pedia muito e ele se chateou, joguei pouco com ele. No final do campeonato tivemos uma discussão e ele me afastou”, continua:

Marquinhos chegou duro em mim, e eu cheguei nele. Mas como Mancini já não gostava de mim, por causa da cobrança da torcida, ali foi a gota d’água e ele me afastou. Fiquei treinando separado do grupo e quando acabou meu contrato, segui minha vida”, revelou o lateral.

Por fim ele fala que mesmo não vendo Artuzinho como um grande técnico, ele elogia o ex-treinador por ter o time na mão. 

“Artuzinho tinha o time na mão. Eu não achava ele um grande treinador, mas ele soube gerir o grupo. Ele fez coisas erradas que nos custou o título da Série C”, disse.

Mas com bum humor, não deixou de dar uma "cutucada" no ex-treinador.

“Quando Artuzinho se chateava comigo, ele colocava Marcone no meu lugar. Ele foi o único treinador que conseguiu brigar com todos os jogadores e dar certo no final”, brincou o jogador.

Orgulhoso, ele afirma que faz parte da história do Bahia e diz que aquele grupo de 2007 ajudou o Bahia a chegar onde está hoje.

“Aquele acesso nosso da série C para a B ajudou muito o Bahia chegar onde está hoje. Ajudamos muito o clube e tenho orgulho disso”, finalizou.


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