"Não é uma escolha nossa jogar ou não a Eliminatória. É assim que funciona: o país sede não joga e essa é a nossa realidade. O que temos feito é escolher adversários de alto nível para os nossos amistosos. Isso vai dar um parâmetro para os mais jovens e para os que atuam no Brasil e não tem tanta chance de enfrentar os europeus", explicou o técnico neste sábado, na Marina da Glória.

Empossado após a queda de Dunga na África do Sul, Mano ainda busca a primeira vitória diante de adversários de primeira linha. Em amistosos, ele perdeu para França e Argentina e empatou com a Holanda. Na Copa América, seu primeiro torneio oficial, caiu diante do Paraguai nas quartas de final, nos pênaltis.

Nos amistosos diante de adversários de bom nível, Mano Menezes espera estabelecer parâmetros confiáveis. Diante da eventual indisponibilidade de rivais gabaritados, ele admite repetir o que fez em Barcelona e comandar um período apenas de treinamento. "Se julgarmos que nos trará mais benefício, faremos novamente", avisou.

A próxima competição oficial da seleção brasileira é a Copa das Confederações, apenas em 2013. Enquanto o Brasil se esforça para marcar amistosos produtivos, Espanha a França, duas seleções com títulos mundiais no currículo, caíram no mesmo grupo na seletiva para o Mundial.

"As Eliminatórias sempre foram assim. Mas tem vaga para todo mundo. Pelo menos aqueles que não apresentarem uma queda de produção muito grande e não sofrerem algo trágico provavelmente vão à Copa do Mundo", disse o comandante do time nacional.

De longe, Mano Menezes promete acompanhar os europeus em ação. "É importante para você comparar, ver o potencial de cada um e o que eles vão apresentar de diferente de uma Copa para a outra", explicou. O próximo compromisso da seleção brasileira é um amistoso contra a Alemanha, no próximo dia 10 de agosto, em Stuttgart.