Após o próprio Preto Casagrande comemorar sua efetivação como técnico do Bahia, o diretor de futebol do clube comentou sobre a decisão. Em entrevista no Fazendão, Diego Cerri justificou a opção pelo ex-assistente.
"O Preto nos mostrou que conhece a característica de cada jogador. Isso é algo que a gente não pode desprezar e precisa valorizar. Quando um treinador chega, ele demanda de um tempo para entender o time, saber qual estratégia utilizar. Como o Preto já estava aqui, já tinha essa experiência como auxiliar, isso pesou muito. Além disso, a efetivação prestigia toda uma comissão técnica de qualidade, que a gente confia muito. Os resultados também aconteceram, que é algo fundamental no futebol. Dos treinadores que passaram aqui na Série A esse ano, o Preto é quem tem a melhor média. Então quando você casa a estatística com esse fator aí de conhecer o grupo, saber o que extrair o melhor de cada um, a gente achou que era o momento de efetivá-lo", disse.
O dirigente também garantiu que a efetivação já vinha sendo trabalhada dentro do clube. "Não foi de um dia para o outro, foi um processo. O Preto já vem trabalhando no clube há quase dois anos. Agora muda de figura. A nossa opção foi por deixar que ele conduzisse os treinamentos, os jogos, para que a gente pudesse avaliar todas as questões. A grande verdade é que o Preto, desde a primeira semana que atuou na função, mostrou que tem condições e está preparado. Poderíamos ter feito antes a efetivação, quando ele teve resultados melhores que na última partida, mas a gente de fato queria fazer algo que tivesse convicção aqui dentro. A gente queria ver inclusive como seria o comportamento do Preto lidando com adversidades, que é importante".
Sobre o futuro do Tricolor sob comando de Preto, Cerri mostrou confiança na permanência na Série A. "A gente tem convicção na permanência na Primeira Divisão. Isso é algo que já disse para os atletas, o trabalho que a gente faz e o elenco que a gente tem, poderia estar até mais acima. Consigo te listar vários jogos que fomos bem e acabamos não pontuando, então isso prejudica um pouco. A Série A é muito difícil. Times precisam entrar primeiro para pontuar, se distanciar daquela zona, depois você ganha confiança e começa buscar outros objetivos. A questão de evolução, nas últimas dez rodadas, o Bahia tem a sétima melhor campanha. No início do campeonato estávamos jogando bem e ganhando pontos. Depois houve um período de pontuação baixa. Eu vejo evolução sim, mas tenho certeza que a gente precisa continuar evoluindo e melhorando".
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia