Atacante de muita velocidade, Mendoza ganhou a titularidade no Bahia. Mas, antes de chegar ao Tricolor, o colombiano viveu momentos difíceis no Corinthians.
As poucas chances que recebeu no Timão fizeram com que o jogador aceitasse a proposta para defender o Tricolor. Em entrevista ao ESPN.com.br., ele desabafou sobre a saída do clube paulista.
"Eu tinha chance de ir ao Atlético-PR, Fluminense e Corinthians. O empresário me falou que a melhor opção era o Corinthians por causa da estrutura e da torcida. Disse que tenho garra e raça e vou me encaixar melhor no estilo do Corinthians porque luta corre, dá carrinho e vai para cima. Assim que recebi a proposta o Rincón me disse: ‘Corinthians? Pode ir de olho fechado’. Assinei o contrato logo depois. Como eu não tinha oportunidade fui tentar dar a volta por cima ao Bahia. Foi um momento difícil. Eu virei titular depois que o Sheik saiu para o Flamengo. Fiz alguns jogos e saí do time. Se você falasse com qualquer jogador do time, o Tite te falaria: 'Você não vai jogar por isso'. Ele te justifica. Mas naquela vez foi diferente. Ele me tirou do time e nem falou comigo. Ele precisa falar toda vez que te tira do time? Claro que não. Mas ele é um cara que sempre fazia isso. Não entendi o porquê desta situação", disse.
Porém, Mendoza não deixou de elogiar o técnico da Seleção Brasileira. "Ele é um grande profissional e o melhor treinador que já tive na carreira. Um cara muito inteligente, quando ficávamos no banco ele falava com você e pedia sua opinião. Se você falar assim: ‘Nosso time está faltando aquilo’. Ele vai lá e faz. É como se você fosse auxiliar dele. Se não dá certo, ele pensa outra forma de montar o time. Ele me ajudou demais na minha carreira, ele falava o quase o tempo todo na minha carreira. É um cara muito qualificado".
O colombiano também explicou a chegada ao Bahia e comentou sobre a adaptação ao Esquadrão. "Conversei com Paulo Roberto e Moisés que jogaram no Bahia e me falaram muito bem do time e as pessoas que eu ia gostar. Na quarta rodada do Brasileiro eu perguntei ao [técnico Fábio] Carille se teria alguma oportunidade. Como não ia ter eu fui ao Bahia. Agora é fazer meu trabalho no Bahia. Estou muito bem, minha família tem gostado e estamos muito felizes. Eu estou jogando e procuro fazer tudo da melhor maneira possível", completou.
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia