Por Yuri Barreto
Publicado em 21/03/2011, às 19h50Revoltada com a arbitragem do empate em 2 a 2 com o Bahia, neste domingo, a diretoria do Vitória da Conquista encaminhou, nesta segunda-feira, 21, uma representação contra o juiz Gleidson Santos Oliveira à Federação Bahiana de Futebol (FBF). Para os dirigentes do Bode, os erros do árbitro mudaram os rumos da partida e ajudaram o tricolor da capital a conseguir o empate.
De acordo com o presidente do clube conquistense, Ederlane Amorim, Gleidson ainda teria debochado da sua reclamação após o jogo. "Ele simplesmente virou para mim e mandou que fosse chorar longe. Até onde vamos com esse tipo de situação no futebol baiano? Ou se faz algo para que a arbitragem acompanhe a evolução e o profissionalismo que se busca hoje dentro do futebol, ou essas atuações desastrosas vão continuar acontecendo e jogando na lata do lixo todo o nosso planejamento".
Ainda segundo o mandatário, os erros contra sua equipe são recorrentes. "E o pior é que esse é o segundo pênalti em duas partidas seguidas. Contra o Fluminense o juiz marcou um pênalti inexistente que iniciou a reação do time de Feira aqui dentro do nosso campo. Onde isso vai parar?", questionou.
Leia na íntegra a representação do Vitória da Conquista:
Ao
Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia
Senhor Presidente
Representação Contra o Sr.Gledson Santos Oliveira, árbitro de futebol
Estamos indignados. A Bahia esportiva está repudiando de forma veemente, o desprezo do Sr. Gledson Santos Oliveira, árbitro de futebol pela não aplicação das regras da arbitragem de forma ética, imparcial, respeitosa e responsável na partida acontecida entre o ECPP Vitória da Conquista X Esporte Clube Bahia, no dia de ontem, 20.03.11, no Estádio Municipal Lomanto Júnior.
Erros clamorosos foram cometidos e interferiram diretamente no resultado da partida, cartões amarelos e vermelhos não foram aplicados em lances de faltas desleais cometidas de forma contumaz pelos jogadores do Bahia.
O erro mais gritante que causou revolta em toda a Bahia desportiva aconteceu aos 38 minutos da etapa complementar, quando num chute do jogador Boquita (Bahia) a bola bateu em Sílvio e saiu pela linha de fundo. O senhor Juiz, marcou uma penalidade máxima mesmo em posição desfavorável e induziu o seu auxiliar ao erro e de forma ainda mais absurda e inexplicável. E sem amparo legal, expulsou o zagueiro Sílvio mesmo estando numa posição que não daria para ver o lance de frente. E sob os protestos de todo o Estádio, a penalidade inexistente foi cobrada e convertida em gol.
Senhores, se pretendemos superar todas as adversidades impostas aos clubes profissionais do interior da Bahia e fazer do nosso Estado uma referência na prática do esporte, paixão nacional, é preciso agir. As instâncias superiores do nosso futebol não podem continuar a fazer vista grossa, descansando em berço esplêndido. Esse Tribunal, Comissão de Arbitragem e Federação, precisa impor respeito por parte do seu quadro de árbitros aos torcedores, atletas, dirigentes e imprensa, doa a quem doer. Não é mais admissível permanecer apostando na impunidade e práticas do atraso. O mundo mudou, o Brasil mudou e a Bahia precisa acompanhar essa mudança.
Estamos protocolando essa representação, entendendo que as infrações cometidas pelo árbitro são passiveis de punição, de acordo com os artigos 259 266, 273 e 275 do CBJD. As imagens colhidas pela Rede de Televisão responsável pela transmissão, bem como comentários dos analistas esportivos das principais emissoras de rádio, além dos jornais e blogs todos contundentes, constituem como prova para condenar a atitude parcimoniosa do senhor árbitro, ora em questão.
Na expectativa que esta representação não se limite meramente ao direito do júris esperniandi, mas certos e confiantes da aplicação da Lei e medidas administrativas, que contribuam para a verdadeira moralização, credibilidade e engrandecimento do futebol da nossa terra.
É preciso por fim a tentativa de descrédito e achincalhamento de pessoas como esse senhor, de comportamento politicamente incorreto, que só enlameia o trabalho que outros tantos procuram edificar com afinco e dignidade.
Vitória da Conquista, 21 de março de 2011
Ederlane Silva Amorim
Presidente
Antonio Eduardo S. Moraes
Vice Presidente
Jose Roberto Silva
Diretor Administrativo