Um começo de temporada tímido

Um começo de temporada tímido

Por Tarso Duarte (@tarsoduarte)

Publicado em 13/01/2016, às 15h51

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13 dias se passaram desde que 2016 começou, e a participação de Bahia e Vitória no mercado de transferências ainda é tímida.

Para resumir, o Esquadrão, que resolveu remontar a equipe que falhou na tentativa de subir para a Série A, já contratou cinco jogadores e está próximo de anunciar mais dois reforços. O tricolor, no entanto, ainda não completou o ciclo de contratações, que até agora não surpreendeu com o nível dos jogadores que chegam.

Hernane Brocador é uma esperança, chega ao Fazendão como o atleta com talvez o maior renome no futebol do estado nesse momento, mas precisando provar seu valor, após uma passagem pelo Sport onde era reserva. Mais importante que tudo isso: vai precisar fazer o torcedor esquecer Kieza.

Já o Vitória, apesar de ter subido para a Série A, parece apostar em velhos conhecidos. Como reforços chegaram quatro jogadores, com Tiago Real sendo a principal delas. Na visão dos dirigentes, atletas que já estavam no Barradão e outros que voltam ao clube podem fazer a diferença na elite do futebol brasileiro.

No ataque rubro-negro, William Henrique e Arthur Maia irão poder mostrar que ganharam experiência, deixando de ser jogadores de ‘segundo tempo’. Além disso, o técnico Vágner Mancini poderá contar novamente com nomes como Guilherme Mattis, Amaral e Diego Renan, peças fundamentais no acesso. Rhayner e Escudero, jogadores que também foram essenciais em 2015, deixaram a Toca.

Apesar de poder terem sido mais incisivos, Bahia e Vitória ao menos parecem ter aprendido a evitar os famosos ‘pacotões de fim de ano’. No início de 2016, as torcidas tricolores não precisarão ‘aturar’ atletas como os laterais esquerdos Roque e Maurim, que passaram pelo Barradão, ou ainda um ala direito do nível de Tony, que esteve no Fazendão.

As contratações parecem ter sido mais ‘estudadas’, e ao invés de ‘contratar por contratar’ os gigantes baianos irão enfim apostar em jovens que vieram da base.

A conta é simples, menos custos e chances de sucesso parecidas.

A próxima etapa, caso o objetivos da dupla BaVi sejam mesmo aqueles que os dirigentes dizem ser, é deixar um pouco mais a timidez de lado, e investir com mais vontade. Se Bahia e Vitória querem mesmo um dia se firmar na Série A e acabar com a gangorra entre as primeira e segunda divisões, as contratações precisam incluir atletas que também despertam interesse de outros clubes.

Os que chegaram até agora tinham mercado, é verdade, mas estão longe de serem nomes que empolgam os torcedores.

A ‘timidez’ no início de temporada deixa claro também a intenção dos clubes em contratarem reforços mais ‘caros’ quando o começo do Campeonato Brasileiro estiver mias próximo. O problema é que esses investimentos maiores, já com a temporada em andamento, por vezes consiste em repatriar jogadores do exterior, e de Marcinhos e Cicinhos o futebol baiano já está saturado.

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