Zagueiro é condenado a pagar R$ 339 mil por racismo

O brasileiro Danilo, atualmente na Udinese-ITA, foi condenado pela 18ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo pela prática do crime de injúria qualificada contra o zagueiro Manoel, do Atlético-PR.

Na prática, o ex-zagueiro do Palmeiras foi condenado pelo crime de racismo por ter xingado e cuspido o zagueiro Manoel, durante uma partida entre sua antiga equipe e o Atlético-PR, pela Copa do Brasil de 2010. Manoel registrou ocorrência na mesma noite, em uma deelegacia de polícia da capital paulista.

A sentença da juíza Teresa de Almeida Ribeiro Magalhães condena Danilo ao cumprimento de um ano de reclusão, em regime inicial aberto, e dez dias-multa, fixado cada dia-multa, no equivalente a quatro salários mínimos. Mas a pena de reclusão foi convertida em multa de quinhentos salários mínimos - o equivalente a nada menos que R$ 339 mil. Mas o zagueiro Manoel não verá a cor desse dinheiro, já que a multa deve ser doada a entidade pública ou privada com destinação social. A decisão é de primeira instância e Danilo ainda pode recorrer.

Não é a primeira vez que um jogador tem problemas na Justiça brasileira por causa de racismo. Em 2005, o atacante brasileiro Grafite, então no São Paulo, acusou a zagueiro argentino Leandro Desábato, do Qilmes, em partida válida pela primeira fase da Copa Libertadores de 2005. Desábato recebeu voz de prisão ainda no gramado do Morumbi e ficou preso por dois dias em São Paulo. Foi liberado após pagar uma fiança de R$ 10 mil. Um ano depois, Grafite retirou a acusação. 

Na Europa, a questão também é polêmica. Ainda ontem,a Federação Italiana de Futebol resolveu punir o Pro-Patria, time da quarta divisão, com portões fechados na primeira partida oficial da temporada como mandante, por causa das injúrias racias de parte de seus torcedores drigidas ao alemão de ascendência ganesa Boateng, durante um amistoso contra o Milan.