Alagamento e confusão marcam reinauguração do Mineirão

Por Galáticos Online

Publicado em 04/02/2013, às 10h49

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O Mineirão foi o segundo estádio brasileiro a ficar pronto para a Copa das Confederações, mas a julgar pelos problemas ocorridos na sua reinauguração o consórcio Minas Arena, responsável pela obra, terá muitos problemas até a realização do evento, programado para o mês de junho.
Alagamento do gramado e desorganização na chegada e na saída dos torcedores foram os maiores problemas constatados antes, durante e depois a partida em que o Cruzeiro venceu o Atlético-MG por 2 a 1, neste domingo.
Até mesmo o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, disse que também teve problemas para chegar ao estádio. O dirigente pediu desculpas à torcida e admitiu que ainda “tem muita coisa a ser organizada”. 
“Se queremos fazer uma coisa próxima de primeiro mundo, tem que ter a estrutura, tem que ter condução que leva o torcedor próximo ao estádio. A torcida do Cruzeiro fica longe do campo. Vi senhoras, famílias e crianças parando o carro longe e vindo andando”, contou o dirigente, que também teve dificuldades para encontrar lugar para estacionar.
“Vim pela Catalão, quando cheguei à altura do Cemitério da Paz, o trânsito estava todo complicado. Só cheguei às 16h45. Então, é preciso analisar de modo diferente o transito. O estacionamento perto do estádio também. O estádio só tem 2600 vagas”, reclamou o dirigente.
Os torcedores também reclamaram que dentro do estádio não havia bares suficientes para atender os mais de 58 mil pagantes. Teve gente reclamando que nem havia sequer lugar para comprar água.  “Alguns bares não funcionaram por falta de alvará, não tinha documentação suficiente. Tem que pedir para o pessoal analisar rapidamente”, disse o presidente do Cruzeiro.
Como se não bastasse tudo isso, o novíssimo gramado também apresentou problemas de drenagem da água da chuva, que chegou a deixar o campo completamente alagado horas antes do início do espetáculo. 
E segundo Lucas Pedrosa, engenheiro agrônomo da Greenleaf, a culpa é da Fifa. "Os consultores da Fifa barraram minha areia, pois achavam muito grossa e indicaram uma mais fina. Essa mistura com a fibra formou uma compactação que impermeabiliza a água. Eles não têm noção do clima, pois na Europa não chove assim. Nossa recomendação não foi levada em consideração", criticou.
"Faz um mês que fazemos perfurações para quebrar a fibra, mas não está adiantando. Vamos ter que tomar uma posição mais severa. Teremos uma reunião na próxima semana com a Minas Arena", declarou Pedrosa, para quem não está descartada a possibilidade de trocar o gramado, solução que poderá fechar o estádio por até dois meses.
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