Uma reportagem de 20 páginas da revista 'France Football' publicada nesta terça-feira acusa o Qatar de corromper os delegados da Fifa para vencr a disputa para sediar a Copa do Mundo de 2022.
Segundo a publicação francesa, o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, como um dos beneficiários do esquema, assim como os presidentes da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz, e da Uefa, o francês Michel Platini, e até o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy. O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, também teria seu nome implicado no processo.
A eleição ocorrida em 2 de dezembro de 2010, o Qatar ficou com 14 votos, contra 8 dos Estados Unidos. Austrália, Coreia do Sul e Japão eram os outros candidatos.
Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF em março do ano passado, acossado por acusações de corrupção em outro esquema fraudulento, a falência da empresa de marketing esportiva ISL, que teria pagado propina a ele a seu ex-sogro, o ex-presidente da Fifa, João Havelange.
Teixeira mudou-se para a Florida, nos Estados Unidos, deixando o cargo que ocupava para o mais idoso de seus vice-presidentes, José Maria Marin. No caso do Qatar, o voto de Teixeira teria sido dado em troca de um amistoso entre Brasil e Argentina realizado em Doha, pelo qual o país asíatico teria pago US$ 7 milhões, contra os US$ 1,5 mi que normalmente eram cobrados pela Seleção. Além da parte que cabia à CBF e à Federação Argentina, Teixeira e Julio Grondona, presidente da AFA, teriam embolsado parte do cachê.
Rosell, presidente do Barcelona, é relacionado ao esquema por causa do patrocínio da Fundação Qatar nas camisas do clube, que em 2014 passarão para a Qatar Airways.